
Prefeitura acompanha visita à estação de tratamento de esgoto no setor Bertaville
Investigação técnica busca identificar motivo do surgimento de cianobactérias em vários pontos da Bacia Hidrográfica de Palmas
A Agência de Regulação, Controle e Fiscalizacão de Serviços Públicos de Palmas (ARP) e a Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA) acompanharam no final da tarde desta quinta-feira, 13, uma visita à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do setor Bertaville, solicitada pela Comissão de Minas, Energia, Meio Ambiente e Turismo da Assembleia Legislativa do Tocantins (AL-TO). A visita objetivou verificar possíveis responsabilidades da BRK Ambiental, em relação a problemas verificados na bacia hidrográfica de Palmas, incluindo o Ribeirão Taquarussu, Córrego Machado, Lago de Palmas e seus afluentes.
Além da FMA e dos
parlamentares, também participaram da visita, representantes da Câmara
Municipal, Naturatins, Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(SEMAR), Secretaria de Segurança Pública (SSP), Ministério Público Estadual,
Agência Tocantinense de Regulação (ATR), Associação de moradores do setor
Bertaville, dentre outros.
A intenção é confirmar se procede a versão de que o surgimento de algas – cianobactérias – tem origem em lançamento de esgoto sem tratamento no Lago de Palmas e seus afluentes pela BRK Ambiental.
Desde o início deste mês de fevereiro vem sendo observada a floração de cianobactérias em pontos diferentes na Bacia Hidrográfica de Taquaruçu, o que pode indicar desequilíbrio ambiental, provavelmente, por maior concentração de nutrientes e matéria orgânica em decomposição. O trabalho agora consiste em identificar onde estão sendo geradas essas contribuições irregulares.
Na última terça-feira, 11 de fevereiro, a FMA realizou uma reunião com representantes da Universidade Federal do Tocantins (UFT), do Governo do Estado, da ARP e sociedade civil organizada para discutir uma solução para o problema. Entre os encaminhamentos apontados constam intensificação de fiscalização ao longo da Bacia; análise da qualidade da água para confirmar a presença das cianobactérias e a toxicidade; elaboração de um plano contínuo de monitoramento e proteção da Bacia.
As coletas para análise de toxinas, resultantes da de cinaobactérias e outros parâmetros físicos e químicos, foram realizadas na última quarta-feira, 12, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e UFT. As amostras de água foram encaminhadas para análise ao Lacem da Bahia e Instituto Evandro Chagas (IEC), pelo Laboratório Central do Tocantins (Lacen-TO).