
Prefeitura de Palmas alerta sobre ameaças à fauna no período de maior incidência de queimadas
Período crítico exige atenção redobrada de moradores da Capital com descarte de lixo, bitucas de cigarro e uso do fogo em áreas abertas
Entre os meses de julho e setembro, o Tocantins entra no período de maior incidência de queimadas. Em Palmas, o tempo seco, a baixa umidade do ar e a ação humana contribuem para o aumento dos focos de incêndio em áreas urbanas e de vegetação nativa. A Prefeitura de Palmas reforça o alerta para os riscos à saúde pública, à biodiversidade e aos animais silvestres que habitam a Capital.
Em julho de 2024, o Tocantins respondeu por 10,8% de todos os focos de calor registrados no País, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ficando na quarta posição no ranking nacional de queimadas no mês, atrás apenas do Amazonas, Pará e Mato Grosso.
Em Palmas, boa parte dos focos tem origem no descarte irregular de lixo, em queimadas para limpeza de terrenos baldios e em bitucas de cigarro jogadas em áreas secas. Os incêndios afetam diretamente a fauna silvestre e provocam a fuga desorientada de animais para áreas urbanas.
A diretora de Fauna da Secretaria de Proteção e Bem-Estar Animal (Sebem), Bruna Almeida, explica que o impacto das queimadas é direto sobre os animais. “Muitos são atingidos pelo fogo, sofrem intoxicação por fumaça ou perdem seu hábitat. É comum vermos capivaras, tatus, cobras, gambás e aves se deslocando para áreas residenciais em busca de abrigo, o que também representa risco para a população e para os próprios animais.”
Além do impacto ambiental, as queimadas aumentam a emissão de poluentes, elevam o risco de doenças respiratórias e sobrecarregam os serviços públicos de saúde e controle ambiental.
A Prefeitura de Palmas orienta que a população colabore com a prevenção. Queimar lixo é proibido por lei. A comunidade pode denunciar focos de incêndio ou ações suspeitas ligando para o Corpo de Bombeiros (193) ou para a Guarda Metropolitana (153).
Texto: Fernanda Leme
Edição: Juliana Matos