22 outubro 2015 às 18:07

Prefeitura de Palmas cria força-tarefa para acolher indígenas que não disputarão os Jogos

Comitê destaca iniciativa.

A Prefeitura de Palmas criou uma força-tarefa, com participação de várias secretarias, para acolher e auxiliar membros de etnias que não disputarão os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, que começam nesta sexta-feira, 23, na Capital tocantinense.

 

 

O prefeito Carlos Amastha, que se encontrou com lideranças indígenas em café da manhã nesta quinta-feira, 22, determinou que seus secretários apurassem as demandas e providenciassem apoio a todos os membros de etnias, que estão sem credenciamento, já que este é um procedimento padrão e necessário para participação, com prazos e critérios definidos pelos organizadores. Sem tal documento, esses indígenas têm acesso restrito, por exemplo, a locais do evento e não contam com benefícios como alojamento e alimentação. Lembrando que o credenciamento é de responsabilidade do Comitê Intertribal, que organiza o evento em parceria com o Governo Federal.  

 

 

“Palmas, como cidade-sede, não tem autonomia para, por exemplo, credenciar ou executar alguns serviços. Essa questão é de responsabilidade do comitê e do Governo Federal. Mas, nós, mesmo sem a responsabilidade, não podemos ficar de braços cruzados. Já determinei aos secretários e os indígenas que não têm essa assistência serão atendidos pela Prefeitura”, disse o prefeito. 

 

 

“Essa é mais uma contribuição nossa, no trabalho em conjunto com o Comitê e o Governo Federal. Nesses momentos não é hora de achar se é responsabilidade de ‘A’ ou ‘B’. Somos parceiros e vamos atuar juntos pelo sucesso do evento”, complementou Amastha. 

 

 

Iniciativa Positiva

 

 

O diretor do Comitê Intertribal, Marcos Terena, elogiou a iniciativa da Prefeitura. “É uma boa iniciativa do prefeito, que resolveu a questão”, afirmou. 

 

Um dos principais responsáveis pela organização do evento, Terena explicou que há um critério rígido para o credenciamento dos indígenas e demais pessoas que vão atuar nos Jogos. 

 

“A gente não consegue controlar todos os irmãos indígenas. Tem muitos que estão na cidade e não moram em aldeias, não estão nos jogos e são livres. Do ponto de vista operacional e orçamentário, não temos como assisti-los”, disse Terena, que fez questão de elogiar a atitude de Amastha. 

 

Protesto

 

Na manhã desta quinta-feira, 22, quatro etnias brasileiras programavam um protesto nas proximidades da Vila dos Jogos. Entre as reivindicações, os Caiapó, Javaé e Pataxó pedem alimentação, água e estadia. 

 

Ao tomar conhecimento do fato, o prefeito determinou à secretária de Assistência Social, Eliane Campos, atendimento aos pedidos dos indígenas. Eles receberão água e terão alojamento. A Prefeitura providenciará, inclusive, transporte e levará os indígenas para almoçar no Restaurante Comunitário de Palmas.