
Prefeitura fecha as portas na próxima quarta-feira, 30
A Prefeitura de Palmas informa que é solidária ao movimento de
paralisação geral das prefeituras encabeçado pela Associação Tocantinense de
Municípios (ATM) também estará fechando suas portas, mas não na segunda-feira,
28, e sim na próxima quarta-feira, 30.
A Prefeitura entende que a causa é justa e legítima, uma vez que os
cortes no orçamento da União tornam as finanças municipais insustentáveis. Na
oportunidade, a Prefeitura quer chamar a atenção para a discussão do novo
federalismo no qual defende os princípios de autonomia dos governos estaduais e
municipais, resultando numa divisão de funções e poderes entre os níveis de
governo, de forma a diminuir a dependência financeira da União.
“Enquanto essa mudança não acontece, os municípios devem exigir respeito
aos repasses uma vez que a falta deles afeta os nossos munícipes. Durante a
reunião com as prefeituras que compõem o Consórcio do Lago aprovamos uma moção
de apoio ao movimento. Impossível admitir que em tempos de crise, outros
poderes atrasem o cumprimento das suas obrigações com os municípios”, ressalta
o prefeito Carlos Amastha, citando a reunião do Consórcio do Lago realizada na
tarde desta sexta, 25, em Palmas.
A medida de paralisação não se aplica ao Resolve Palmas e nem aos
serviços essenciais que já atuam em caráter de plantão como Samu, Guarda
Metropolitana, Agentes de Trânsito, entre outros. Vale ressaltar que a
paralisação é somente na quarta, 30, ou seja, nos dias 28 e 29, que antecedem a
paralisação e a partir do 1º de outubro, o expediente nos órgãos públicos
municipais será normal.
MOÇÃO DE APOIO
À paralisação geral
das Prefeituras do Estado do Tocantins
O Consórcio Intermunicipal para Gestão Compartilhada da Bacia
Hidrográfica do Médio Tocantins – CI-LAGO, reunido em Assembleia Geral nesta
sexta, dia 25, aprova moção de apoio ao movimento de Paralisação Geral das
Prefeituras do Estado encabeçada pela Associação Tocantinense de Municípios.
A sustentabilidade dos nossos municípios não pode ficar à margem do
debate e das ações que buscam um modelo de Desenvolvimento Sustentável e Justo
para o país. Não podemos permitir que as constantes quedas no Fundo de
Participação dos Municípios – FPM, a falta de compromisso de entes federativos
no repasse constitucional de verbas e a insuficiência de recursos para a
manutenção de serviços básicos, se tornem cenas comuns do dia-a-dia da gestão
municipal. Os repasses de recursos dos governos federal e estadual são a maior
parte das receitas dos municípios tocantinenses. As recentes e sucessivas
reduções estão inviabilizando as gestões municipais.
Defendemos, dentre outras, as seguintes propostas:
– Distribuição mais equilibrada dos impostos arrecadados;
– Fim da criação de obrigações para os municípios sem a devida previsão
de recursos;
– Maior investimento em saúde por parte do Estado e da União;
– Definição de percentual mínimo para investimentos em segurança
pública;
– Viabilização de um novo pacto federativo.
Palmas – TO, 25 de setembro de 2015.
Carlos Enrique Franco Amastha
Prefeito e presidente CI Lago