
Prefeitura inicia execução do Diagnóstico da População de Capivaras
Diagnóstico irá contabilizar animais e identificará entre outros pontos o sexo, classes etárias e taxa de natalidade; Plano de Manejo de Fauna também será elaborado
A
partir da próxima segunda-feira, 8, a Prefeitura de Palmas, por meio da
Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA), inicia a execução do Diagnóstico da
População de Capivaras residentes em Palmas, incluindo as que vivem às margens
do Córrego Brejo Comprido e no Parque Cesamar, locais onde são vistas com maior
frequência. O trabalho técnico será desenvolvido pela empresa Ecotins
Engenharia Consultiva, vencedora da licitação, e resultará também no
desenvolvimento do Plano de Manejo de Fauna para a espécie. O Cesamar
funcionará normalmente durante o levantamento.
De
acordo com o presidente da Fundação de Meio Ambiente, Hebert Veras, o
diagnóstico é de extrema importância para o controle populacional dos animais
para garantir o equilíbrio, em vista que nos centros urbanos as capivaras não
possuem predadores naturais e tal fato pode acometer a proliferação de doenças.
“A partir do diagnóstico será possível analisar e termos ciência da quantidade
de animais em Palmas com objetivo de conservar e controlar a espécie, que já
faz parte da realidade da nossa cidade e são apreciadas pelos moradores”,
destacou.
Conforme
a bióloga e engenheira ambiental e sanitarista Meriele Cristina Oliveira,
representante da Ecotins, o diagnóstico será desenvolvido em três etapas, que
abrangerão o reconhecimento de área, a elaboração do mapa de vestígios/animais
e a contagem e recontagens. “A primeira etapa utilizará como método a busca por
dados indiretos com base em vestígios como fezes, pegadas, trilhas e a
visualização direta dos animais. Após isso, será elaborado um mapa com base nos
dados obtidos durante o reconhecimento e por fim a confirmação dos dados com as
contagens e recontagens”, detalhou.
O
diagnóstico também irá verificar a densidade, taxa de natalidade, taxa de
mortalidade, a distribuição etária, o potencial biótico, dispersão e o
crescimento dos grupos de capivaras.
A
gerente de Monitoramento Ambiental da FMA, Bruna de Almeida, explica que toda a
cidade será atendida. “Isso mostrará como são os hábitos das capivaras em
Palmas. Vamos entender os ambientes em que se alimentam e se reproduzem”,
explicou ao alertar que a população não deve interferir no trabalho da equipe
técnica, já que se trata de uma atividade científica sem prejuízo aos animais.