
Prefeitura se reúne com líderes religiosos para dar início à regularização fundiária de igrejas
O
prefeito Carlos Amastha esteve reunido na tarde desta quinta-feira, 2, com
cerca de 60 líderes religiosos para tratar sobre a questão da regularização
fundiária das igrejas. Na oportunidade, foi assinado decreto que cria comissão
para acompanhar o andamento dos processos.
“Um
lugar onde a família não é fortalecida não há uma sociedade desenvolvida. Por
isso, reconhecemos o quanto é importante o papel das igrejas, que colaboram com
a gestão no cuidado com as pessoas”, ressaltou Amastha.
A
comissão criada terá representantes de igrejas católicas e evangélicas, além de
membros do secretariado Municipal e de vereadores. Segundo informações da Procuradoria Geral do
Município (PGM), existem 286 processos sobre regularização fundiária de áreas
públicas, onde já existe construção de templos religiosos.
Sobre
igrejas católicas, ficou acertado que será cumprido o Tratado assinado em 2008
entre Brasil e Vaticano, que determinou em um de seus artigos a cessão de
espaços públicos para templos católicos. De acordo com o procurador geral da
PGM, Públio Borges, o Tratado se tornou emenda constitucional, após aprovação
pelo Congresso Nacional, em 2009. “Com isso, ficou estabelecido que os entes
federativos, como os municípios, permitiriam que espaços públicos poderiam ser
utilizados para finalidade do exercício da igreja católica, desde que
respeitados o Plano Diretor e o Código de Postura”, explicou.
Já
referente a igrejas evangélicas, para as quais ainda não existe legislação que
respalde a cessão de áreas públicas, a exemplo do Acordo firmado entre Vaticano
e Governo Federal brasileiro, será necessário apresentar projeto social
desenvolvido na comunidade, para indicar a finalidade pública do espaço, já
ocupado pelas igrejas.
A
comissão criada vai acompanhar o andamento de cada processo e a expectativa é
que, até o final deste ano, as áreas estejam regularizadas. É necessário que os
requerentes reativem os processos, preenchendo o formulário para regularização,
junto ao qual se deve apresentar, entre outros documentos, certidão negativa da
receita municipal e cópia do CNPJ. “Pretendemos solucionar o mais rápido
possível todos os casos e estaremos à disposição durante todo o processo”,
frisou Públio Borges.
“Existe
a vontade política de resolver essa questão e hoje demos o primeiro passo, ao
criarmos essa comissão plural, por meio de decreto, com grande
representatividade de lideranças religiosas, de vereadores e da gestão
municipal”, declarou o titular da Secretaria Municipal de Integração Social e
do Consumidor, Tiago Andrino.