
Procurador do Município participa de reunião para implantação do Programa de Execuções Fiscais no Tocantins
O
procurador Geral do Município (PGM), Públio Borges, participou na tarde desta
quinta-feira, 13, de uma reunião com o governador Marcelo Miranda e a ministra
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corregedora nacional do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), Nancy Andrighi, que teve como pauta a implantação do
Programa Nacional de Governança Diferenciada das Execuções Fiscais no
Tocantins.
Durante o
encontro, a ministra apresentou aos presentes as diretrizes do Programa que
visa, por meio de mutirão, dentre outros objetivos, a regularização fiscal, uma
vez que possibilita aos cidadãos e empresas quitarem seus débitos; a
recuperação do crédito pelo Executivo; a diminuição do acervo no
Judiciário e o efeito educativo de cidadania tributária.
“Só
podemos exigir de nossos governantes se fizermos nossa parte e o papel do
cidadão é estar em dia com seus tributos. Quanto a isso, em suma, estamos bem.
Pois, o cidadão brasileiro é bom pagador, prova disso é que com a realização do
mutirão no Distrito Federal arrecadamos o que três refiz não arrecadou. O
Programa dá oportunidade e facilita aos cidadãos a resolverem seus problemas”,
enfatizou a ministra Nancy Andrighi.
O
procurador Públio Borges sinalizou que o município de Palmas é entusiasta e
assim que Governo do Estado aderir ao Programa será parceiro. “É uma honra
tê-la conosco ministra e, de pronto, adianto que hoje temos todo o processo do
IPTU digitalizado nas quatro Varas da Fazenda do Município. Ressalto ainda que,
em conversa com o prefeito Carlos Amastha, o mesmo achou o Programa maravilhoso
e sugeriu buscar a parceria das operadoras de cartão de crédito em que o
cidadão possa parcelar o valor de sua dívida no valor à vista negociado”,
pontuou o procurador.
“Parabenizo
a ministra não só pelos seus 40 anos de magistratura, mas, sobretudo pela forma
humanista em que vem atuando. A idealização deste programa é um exemplo
disso e por isso, tenho pressa e peço à todos os secretários aqui presentes que
iniciem os estudos de viabilidade para tão logo implantarmos o Programa”,
discorreu o governador Marcelo Miranda.
Programa
Lançado
pela ministra em fevereiro do corrente ano, o Programa Nacional de Governança
Diferenciada de Execuções Fiscais iniciou pelo Distrito Federal e já conta com
a adesão de diversos estados como Rio de Janeiro, Mato Grosso, Bahia,
Maranhão, Paraíba e Pernambuco.
O
programa prevê um mutirão com duração de nove dias das 7h às 19h em espaço
amplo, confortável e com acessibilidade. No período, o contribuinte poderá
negociar dívidas fiscais, efetuar o pagamento no próprio local e sair com
a certidão negativa.
“A cada
adesão temos nos aperfeiçoado, em Brasília, por esquecimento da organização,
tivemos que improvisar o atendimento do Detran. Já em Recife-PE, contamos com
uma brinquedoteca que foi muito proveitosa. Espero que o Tocantins possa trazer
inovações para aperfeiçoar o Programa a exemplo do citado pelo Procurador Geral
do Município de Palmas”, ressaltou Nancy Andrighi.
Implantação
Após a reunião, o secretário da Fazenda do Estado
do Tocantins (Sefaz), Paulo Afonso Teixeira declarou que já vai mobilizar uma
equipe para ir a Brasília se reunir com o governado do Distrito Federal, Rodrigo
Rollemberg, que disponibilizou o programa de computador, desenvolvido
especificamente para este fim, e que será repassado ao Estado que solicitar.
A
implantação do programa nos estados seguem as seguintes etapas: sistematização
do Trabalho; implantação do modelo Conciliação Fiscal Integrada; realização da
Semana Nacional de Conciliação Temática – Execução Fiscal; e a divulgação dos
resultados obtidos.
Débitos Fiscais
Equivale ao não pagamento de impostos e tributos que são aplicados pelo Estado em benefícios à cidade. O devedor fica impedido de fazer transações com o governo e de tomar posse em cargo público. Qualquer tentativa de transferência de automóvel ou imóvel é bloqueada.
O
Relatório de Justiça em números de 2014 do CNJ aponta que cerca de 50% dos
processos em curso no Judiciário do País são de Execução Fiscal, apresentando
alta taxa de congestionamento (91%). A estimativa é de que, ao longo dos anos,
o cenário venha a se agravar e, para reverter o quadro, passaram a ser
desenvolvidas as ações do Programa de Governança das Execuções Fiscais.