Durante a realização da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), em 2015, Marilza Teixeira, professora de Educação Física, começou um trabalho de práticas corporais indígenas durante atividades esportivas com os alunos da Escola de Tempo Integral (ETI) Padre Josimo. Diante dessa experiência, a professora produziu o artigo “O trabalho pedagógico na escola e o I Jogos Mundiais Indígenas”, que será apresentado dia 20 de setembro durante o XX Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e VII Congresso Internacional de Ciências do Esporte, em Goiânia-GO.

A professora conta que a ideia de trabalhar a linguagem corporal indígena surgiu diante da proposta do JMPI ser sediado em Palmas. “Começaram a surgir indagações sobre a cultura dos povos indígenas, tanto na comunidade quanto no ambiente escolar. E quando surge a necessidade de trazer para estes segmentos, a diversidade de conhecimentos promove essa dimensão cultural. Foi ai que propus trabalhar este projeto sobre as práticas corporais indígenas nas aulas de educação física.”, comenta.

Segundo Marilza, os alunos ficaram muito empolgados principalmente com a presença de alguns povos Indígenas do Brasil e do exterior, que foram alojados na ETI Padre Josimo durante o evento do JMPI. “Realizamos o Projeto e superou as nossas expectativas, pois, na avaliação final com os alunos eles trouxeram depoimentos riquíssimos na perspectiva de quebrar preconceito, a negação, a invisibilidade e o desconhecimento da culturas e histórias dos povos indígenas”, ressalta.

Ela acredita que há e pode-se descobrir diversas maneiras de ensinar que contemplem valores positivos para a consolidação de uma sociedade composta pela diversidade. “À vista dessa prática realizada, enquanto professora, obtive estímulos para buscar a superação, promovendo com essa prática pedagógica, reflexões e apontamentos significativos. Foi uma valiosa oportunidade para mostrar à comunidade escolar que no processo de ensino e aprendizagem”.

Evento

O congresso ocorrerá entre os dias 17 e 21 de setembro de 2017, no Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás, na cidade de Goiânia/GO. A programação do evento está estruturada em torno da temática: “Democracia e Emancipação: desafios para a Educação Física e Ciências do Esporte na América Latina”. Nessa edição foram mais de 1.200 trabalhos inscritos de toda parte do Brasil, e o artigo da Marilza foi um dos 356 selecionados.

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