Profissionais da Saúde participam de curso de formação em prevenção de incapacidades em hanseníase
O curso acontece durante esta semana na Capital e reúne profissionais de todas as regiões do Estado
Profissionais da Saúde das
oito regiões do Estado que atuam na área da hanseníase participam nesta semana
do Curso de Formação de Multiplicadores em Prevenção de Incapacidades em
Hanseníase. A parte teórica acontece no Instituto Vinte de Maio durante esta
segunda, 26, já a parte prática, ao longo da semana, será no Centro de Saúde da
Comunidade Professora Isabel Auler, na Arso 23. O curso é uma parceria entre a
Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), o Ministério da Saúde e a Prefeitura de
Palmas, por meio da Secretaria da Saúde de Palmas (Semus).
O curso é ministrado pelos
facilitadores do Ministério da Saúde, Raimundo Sérgio Oliveira e Sônia Maria
Oliveira e pelo coordenador técnico do Grupo Condutor de Hanseníase da Semus,
Pedro Paulo Oliveira.
De acordo com a coordenadora
estadual da Hanseníase, Regina Figueiredo Teixeira, em termos de diagnóstico da
doença, o Estado avançou muito e praticamente todos os 139 municípios têm um
médico capacitado diagnosticando hanseníase. “Não é um curso para diagnosticar
a doença, nem é um curso sobre tratamento. É um curso para prevenir
incapacidades, deformidades decorrentes do processo de adoecer na hanseníase.
Nós sabemos que infelizmente se a hanseníase não for tratada no momento
oportuno, quanto mais tempo ela demora para ser tratada, mais riscos a pessoa
tem de ficar com deformidades físicas. Mas com as prevenções feitas assim que o
diagnóstico da doença é feito, a gente evita que as pessoas tenham deformidades
futuras”, explica Regina.
A partir do conhecimento
adquirido ao longo da semana, a Sesau anseia que os ensinamentos sejam
repassados para os profissionais das oito regiões de saúde do Estado. “Nós
temos aqui duas ou três pessoas de cada regional de saúde. A ideia é que eles
voltem para seus municípios de origem e comecem não só a praticar, mas juntar
suas equipes de saúde local e repassar o que aprenderam aqui conosco para que
essas pessoas nos ajudem a evitar sequelas provenientes da doença nos nossos
pacientes com hanseníase”, ressaltou.
O coordenador técnico da
Hanseníase em Palmas, Pedro Paulo, ressaltou que Palmas conta com 34 centros de
Saúde da Comunidade e que todos têm pacientes tratando a doença. “Tão
importante quanto o diagnóstico precoce é a prevenção às incapacidades. Quanto
mais rápido o diagnóstico mais fácil será o tratamento. Além disso, deve haver
a investigação de contatos, porque como vou garantir que o indivíduo não tenha
reinfecção se eu não avaliar seus contatos e tratar aqueles que também estão
com hanseníase? E durante o tratamento poliquimioterápico devo observar as
reações aos medicamentos e as neurites, sempre avaliando para fazer as
intervenções necessárias e evitar sequelas”, complementou.
Revisão e postagem: Iara
Cruz