
Profissionais de Saúde falam sobre prevenção do suicídio aos alunos da Escola Municipal Caroline Campelo
Centro de Saúde da Comunidade do Setor Santa Fé promoveu a ação na tarde desta terça-feira, 25
Observando a necessidade de
entender melhor o que envolve as pessoas em relação ao fenômeno do suicídio,
principalmente na adolescência e juventude, a Secretaria da Saúde por meio do
Centro de Saúde da Comunidade do Setor Santa Fé promoveu na tarde desta terça-feira,
25, uma programação diferente com os alunos da Escola Municipal Caroline
Campelo, situada no território da unidade de saúde.
Mais de 300 alunos do 7º ao
9º ano se reuniram no auditório da escola para prestigiar atrações culturais,
como a exibição do vídeo documentário É preciso saber viver, a apresentação do
grupo de dança da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Palmas (Apae)
e o Coral Infantil da Guarda Metropolitana. Em cada intervenção a mensagem
deixada aos alunos era da importância de preservar a vida e de cultivar o amor
ao próximo.
Para abordar e debater sobre
saúde mental na adolescência, a enfermeira residente do Centro de Atenção
Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD III), Nathália Guida, disse aos jovens
sobre os transtornos depressivos, seus fatores e os fenômenos suicidas que mais
ocorrem na adolescência. “A incapacidade de sintetizar soluções para seus
conflitos, a falta de controle sobre as variações de sentimentos, associada com
a forma de lidar com circunstâncias ocorridas nesta fase da vida têm levado
muitos jovens a tentar contra a própria vida”, relata a enfermeira avaliando
que ações como a realizada nesta tarde, em que a comunidade escolar é convidada
a discutir o tema, amplia a rede de proteção.
A aluna do 9º ano Juliana
Martins, 14 anos, acompanhou atenta a palestra da enfermeira, pois segundo ela,
já esteve bem próxima de colegas que tentaram suicídio por motivos bem
parecidos com os quais foram citados pela profissional. “Tive colegas que eu
convivi durante um bom tempo e às vezes pareciam que estavam tristes, mas em
muitos momentos não, parecia que estava tudo bem. Sabemos que muitos sofrem bullying, na própria escola. E quando a
pessoa não tem uma estrutura familiar boa, todo este sofrimento psicológico o
faz sofrer”, conta a estudante lembrando que hoje percebe que colegas queriam
desabafar, conversar e estar mais perto dos amigos.
Thallis Tavares Júnior, 14
anos, também falou sobre a importância do tema está sendo tratado na escola. “É
necessário debater sobre este assunto. Não só aqui na escola, mas em todos os
espaços. Só assim saberemos como agir e até ajudar a mudar este cenário tão
ruim”, observa citando o crescente número de casos de suicídio no País.
A vice-diretora da escola,
Maria Bonfim Nunes, elogiou a iniciativa do Centro de Saúde e agradeceu o
empenho de todos os profissionais envolvidos na ação. “É com a ajuda de todos
os setores da comunidade que poderemos educar e proteger os nossos jovens”,
ressalta.
Carla Cristina, enfermeira
do Centro de Saúde do Setor Santa Fé, uma das responsáveis pela programação,
falou sobre a escolha de trabalhar o tema com os alunos desta escola. “A
unidade de ensino é composta por adolescentes, que constantemente estão
expostos a vários fatores que afetam o bem-estar psíquico, como bullying, o fácil acesso à bebida e a outras
drogas, o que torna um fator muito preocupante e cria obstáculos para superar
episódios de frustrações”, relata.
A ação contou com o apoio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Apae de Palmas, Guarda Metropolitana, secretarias da Educação e de Mobilidade Urbana.
(Edição e postagem: Iara
Cruz)