26 setembro 2018 às 09:26

Profissionais de Saúde falam sobre prevenção do suicídio aos alunos da Escola Municipal Caroline Campelo

Centro de Saúde da Comunidade do Setor Santa Fé promoveu a ação na tarde desta terça-feira, 25

Observando a necessidade de entender melhor o que envolve as pessoas em relação ao fenômeno do suicídio, principalmente na adolescência e juventude, a Secretaria da Saúde por meio do Centro de Saúde da Comunidade do Setor Santa Fé promoveu na tarde desta terça-feira, 25, uma programação diferente com os alunos da Escola Municipal Caroline Campelo, situada no território da unidade de saúde.

 

Mais de 300 alunos do 7º ao 9º ano se reuniram no auditório da escola para prestigiar atrações culturais, como a exibição do vídeo documentário É preciso saber viver, a apresentação do grupo de dança da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Palmas (Apae) e o Coral Infantil da Guarda Metropolitana. Em cada intervenção a mensagem deixada aos alunos era da importância de preservar a vida e de cultivar o amor ao próximo.

 

Para abordar e debater sobre saúde mental na adolescência, a enfermeira residente do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD III), Nathália Guida, disse aos jovens sobre os transtornos depressivos, seus fatores e os fenômenos suicidas que mais ocorrem na adolescência. “A incapacidade de sintetizar soluções para seus conflitos, a falta de controle sobre as variações de sentimentos, associada com a forma de lidar com circunstâncias ocorridas nesta fase da vida têm levado muitos jovens a tentar contra a própria vida”, relata a enfermeira avaliando que ações como a realizada nesta tarde, em que a comunidade escolar é convidada a discutir o tema, amplia a rede de proteção. 

 

A aluna do 9º ano Juliana Martins, 14 anos, acompanhou atenta a palestra da enfermeira, pois segundo ela, já esteve bem próxima de colegas que tentaram suicídio por motivos bem parecidos com os quais foram citados pela profissional. “Tive colegas que eu convivi durante um bom tempo e às vezes pareciam que estavam tristes, mas em muitos momentos não, parecia que estava tudo bem. Sabemos que muitos sofrem bullying, na própria escola. E quando a pessoa não tem uma estrutura familiar boa, todo este sofrimento psicológico o faz sofrer”, conta a estudante lembrando que hoje percebe que colegas queriam desabafar, conversar e estar mais perto dos amigos.

 

Thallis Tavares Júnior, 14 anos, também falou sobre a importância do tema está sendo tratado na escola. “É necessário debater sobre este assunto. Não só aqui na escola, mas em todos os espaços. Só assim saberemos como agir e até ajudar a mudar este cenário tão ruim”, observa citando o crescente número de casos de suicídio no País.

 

A vice-diretora da escola, Maria Bonfim Nunes, elogiou a iniciativa do Centro de Saúde e agradeceu o empenho de todos os profissionais envolvidos na ação. “É com a ajuda de todos os setores da comunidade que poderemos educar e proteger os nossos jovens”, ressalta.

 

Carla Cristina, enfermeira do Centro de Saúde do Setor Santa Fé, uma das responsáveis pela programação, falou sobre a escolha de trabalhar o tema com os alunos desta escola. “A unidade de ensino é composta por adolescentes, que constantemente estão expostos a vários fatores que afetam o bem-estar psíquico, como bullying, o fácil acesso à bebida e a outras drogas, o que torna um fator muito preocupante e cria obstáculos para superar episódios de frustrações”, relata.

 

A ação contou com o apoio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Apae de Palmas, Guarda Metropolitana, secretarias da Educação e de Mobilidade Urbana. 




(Edição e postagem: Iara Cruz)



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