Com o objetivo de ampliar o acesso à água potável para produtores da agricultura familiar, a Prefeitura de Palmas lançou na manhã desta sexta-feira, 5, o programa Água no Campo. O evento contou com a presença do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, do senador Irajá Abreu, autor da emenda parlamentar que destinou recursos ao programa, além de autoridades municipais e representantes da comunidade rural.

O projeto prevê investimentos de aproximadamente R$ 20 milhões para a perfuração de até 400 poços artesianos, beneficiando cerca de mil famílias do cinturão verde de Palmas. Além dos poços, cada família contemplada receberá bomba movida a energia solar e reservatório de até cinco mil litros.

Responsável pela articulação do Água no Campo, o secretário extraordinário da Cooperação Federativa, Diogo Borges, explicou que a iniciativa surgiu da constatação do prefeito Eduardo Siqueira Campos e do senador Irajá sobre a carência de acesso à água enfrentada pelos agricultores da região. Ele reforçou que o número final de poços dependerá de características técnicas de cada local, como profundidade e tipo de solo, e que as instalações poderão atender tanto propriedades individuais quanto áreas de uso comunitário.

A execução da obra ficará a cargo da Secretaria de Agricultura e Articulação Metropolitana. De acordo com o titular da pasta, Jaime Café, os poços artesianos terão impacto direto na produção agrícola, especialmente durante o período de estiagem. “Eles permitirão irrigação de lavouras, criação de pequenos animais e o cultivo de hortas, fortalecendo a subsistência das famílias e ampliando a oferta de alimentos no mercado de Palmas”, ressaltou.

Estruturação do Cinturão Verde

Durante o lançamento, o prefeito Eduardo Siqueira Campos destacou a relevância da agricultura familiar para o abastecimento da Capital. “O homem depende da água, e saber que teremos cerca de 400 poços artesianos na zona rural é motivo de grande satisfação. Enquanto alguns sonham apenas com loteamentos, aqui a preocupação é com a produção de alimentos. Em breve receberemos recursos de um protocolo de investimentos firmado com o Banco do Brasil, e parte será destinada à estruturação do cinturão verde”, afirmou.

O ministro André de Paula encerrou a solenidade ressaltando a importância do apoio ao pequeno produtor, e destacou a relevância da articulação entre Executivo e Legislativo para levar investimentos aos municípios.

Critérios

Para participar, o agricultor deve residir na zona rural de Palmas, estar cadastrado na Secretaria Municipal da Agricultura e comprovar que integra a agricultura familiar. A seleção priorizará famílias que não têm acesso à água potável. A seleção dará prioridade às famílias sem acesso à água potável. As comunidades beneficiadas incluem regiões como Taquaruçu Grande, assentamentos rurais e áreas próximas à Vila Agrotins, entre outros pontos do cinturão verde.

Presidente da Associação Pau Brasil, que reúne 60 agricultores familiares na Serra do Lajeado, Clésio Machado afirmou que os poços devem impulsionar a diversificação da produção. “Sem água não conseguimos fazer nada. Nossa região pode se tornar um polo de produção de mandioca, mas muitos produtores vivem em áreas altas e não têm acesso à água. Por isso, o poço artesiano é muito importante para nós”, destacou.

Texto: Samara Martins

Edição: Iara Cruz