06 fevereiro 2017 às 09:51

Pronera propõe ressignificação do ensino aprendizagem no campo

O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e instituições de ensino público, iniciou a formação de professores e profissionais da educação na primeira semana letiva de Palmas. Os profissionais selecionados para o projeto participaram nessa semana de debates sobre a educação popular no Brasil e o método Paulo Freire de Educação para Jovens e Adultos, Educação Rural, Educação no Campo e Movimentos Sociais, realizados no Instituto Vinte de Maio.

 

O Pronera tem como objetivo a democratização do conhecimento no campo, ofertando cursos de educação básica, técnicos profissionalizantes e cursos superiores. Para isso, o programa capacita os professores para atuarem na educação no campo, para que realizem nas comunidades atendidas um trabalho de construção da identidade do sujeito no campo. Esse primeiro momento será voltado para discutir a trajetória do programa e para o planejamento dos conteúdos curriculares com uma contextualização para o campo.

 

A professora Gilvânia Ferreira da Silva, pedagoga da terra formada na 1ª experiência do Pronera da Unijuí Rio Grande do Sul, conta que em 2017, a proposta para as escolas do campo é estudar os conteúdos e significá-los, “Qual a utilidade que terão os conteúdos, qual a relação do conteúdo de matemática com a vivência do educando, qual a utilidade da história, geografia, ciências na prática, e é isso que estamos discutindo, o que queremos ensinar mas também o que os nossos alunos querem aprender”, disse Gilvânia.

 

Entre pesquisas voltadas para a realidade dos educandos, os professores apresentaram trabalhos desenvolvidos nas suas unidades pelos próprios alunos, compartilharam experiências e discutiram sobre como unir a teoria na prática para que a população possa utilizar o conhecimento no seu dia a dia. Para ser um processo efetivo, serão realizados no decorrer do período letivo planejamentos semanais, encontros mensais e avaliações do projeto.

 

Outro foco foi o currículo para o campo, o planejamento será voltado para verificar os saberes que podem entrar na grade, levando em consideração a realidade da comunidade do campo. Weslei Pires Leite é professor de história na Escola de Tempo Integral Anísio Teixeira e diz que participar do Pronera está sendo uma rica oportunidade. “A expectativa é fazer uma educação mais significativa para o aluno, para que eles se reconheçam nesse ensino e motivem não só eles, mas outras pessoas da comunidade que estão paradas e tenham receio de ir para a escola”, destacou o professor.

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