
Rádio Cemil promove cultura e oportuniza aprendizado em comunicação a estudantes
Alunos participantes integram o projeto de língua inglesa denominado Stop, Look and Listen to the Radio
Implantada em 2009 como alternativa para dinamizar a rotina e promover atividades artísticas e culturais em uma escola baseada nos princípios cívico-militares, a Rádio Cemil, do Colégio Esportivo Militar do Corpo de Bombeiros (Cemil) / Escola Margarida Lemos, deu seus primeiros passos investindo recursos próprios em equipamentos básicos, mesa de som e computador. A primeira equipe de repórteres mirins construía as programações acerca do cotidiano da escola, gravavam informativos e cobriam os eventos em datas comemorativas. Neste mesmo ano, além da cobertura da festa junina, a aparelhagem da rádio permitiu que se dispensasse aluguéis de equipamentos de som, evitando gastos extras para a sonoplastia do evento.
As primeiras programações incluíam gêneros musicais diversificados. Na Sexta Feliz, os alunos eram convidados a cantar, recitar poemas e performances que deixavam o recreio mais interativo. Durante o período da manhã, os alunos eram recepcionados com música da rádio, que também dava o suporte para o momento cívico. Durante o intervalo, um militar dirigia o recreio e prestava informações gerais aos alunos por meio da rádio.
A primeira cobertura externa, denominada jornada pelos alunos produtores, foi realizada na Agrotins de 2019, e impulsionou as demais visitas e passeios voltados à produção de matérias jornalísticas. Ainda em 2019 foi realizada visita à cidade de Porto Nacional, que ensejou a primeira vinheta multimidiática que fez muito sucesso e aumentou os acessos à rádio por meio do aplicativo Rádio Cemil. A atividade esportiva, bastante fortalecida na escola, era pauta constante da programação.
Em 2020, a Rádio Cemil ganhou uma sala nova e aconchegante sala com mobiliário que dá identidade ao projeto, além de um estúdio de gravação para produção de audiovisuais. O curta-metragem produzido pela equipe da rádio, “O Mundo na Linguagem de Hágata”, foi vencedor em três categorias do Festival Você na Tela, com melhor roteiro, melhor equipe de gravação e juri popular. Outras atividades marcantes foram o Momento Podcash, com os acadêmicos de Medicina do Itpac, e a cobertura dos ensaios e da encenação da Paixão de Cristo, que vai gerar um documentário.
A rádio foi pioneira em transmitir aulas durante a pandemia, promovendo encontros virtuais entre professores e alunos e dando suporte para que as atividades fossem transmitidas com qualidade. Nesse período, levou entretenimento e alegria às famílias, pois os produtores visitavam as casas dos alunos que podiam contribuir com os seus talentos e transmitiam performances de motivação, músicas e mensagens de superação. Com habilidades trabalhadas no contexto da rádio, como oratória e canto, os alunos que participam do projeto já amealharam diversos prêmios nas edições do Festival de Artes das Escolas (Faes).
Atualmente, todos os alunos participantes estão matriculados no projeto de língua inglesa denominado Stop, Look and Listen to the Radio, nome em inglês que faz alusão à rádio escolar. As novas equipes seguem o roteiro já construído nas programações rotineiras, com playlists diárias no aplicativo abordando diversos gêneros musicais. A programação chega a alunos, familiares e comunidade por meio de seus canais no YouTube e no Instagram.
“A produção se intensificou, gravamos bem mais do que no início do projeto. As equipes de repórteres mirins são verdadeiros criadores de conteúdo, e sempre inovam as suas ideias e rotina. Cobertura de eventos, vídeos e materiais midiáticos são divulgados pelos próprios alunos, professores e servidores também por meio de suas redes sociais e WhatsApp, fortalecendo todo o trabalho da nossa escola”, considera o professor Jaime Miranda, que está na rádio desde o início.
A pretensão dos gestores da rádio é melhorar a acústica do ambiente, investir em materiais de gravações e transmissões e fortalecer as técnicas do rádio, que está presente junto ao Projeto de Língua Inglesa. “E o mais importante, fortalecer o protagonismo dos alunos, as peças fundamentais de toda essa trajetória e processo”, finaliza o professor.
Texto: Redação Semed
Edição: Secom