
Residentes da Fesp atuam na linha de frente em tempos de pandemia
Além de médicos, há também odontólogos, farmacêuticos, psicólogos, dentre outros, atuando na prevenção e combate ao coronavírus
Desde o início da pandemia da Covid-19, os médicos residentes do Programa de Saúde da Família e Comunidade oferecido pela Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp) se juntaram aos demais residentes e profissionais da saúde para compor as equipes que prestam atendimento à população neste período de incertezas e medos para muitos. Logo nos primeiros dias de isolamento social, os residentes passaram a enfrentar grandes desafios em suas carreiras com o surgimento do novo coronavírus.
De repente, eles se viram na
linha de frente numa situação que nem mesmo os profissionais mais experientes
de saúde se lembram de ter passado. O médico e residente R2, Diego Noleto, 30
anos, relata que durante a pandemia a atuação do médico residente em Medicina
de Família e Comunidade tem sido fundamental não apenas nos cuidados integrais
dos pacientes vítimas da Covid-19, mas também em todos os cuidados continuados
que envolvem gestantes, idosos portadores de doenças crônicas, dentre outros,
de modo que os mesmos não venham a sofrer sequelas ou até mesmo vir a óbito. “O
período é muito desafiador, porém, muito mais gratificante é saber que nós,
residentes de Medicina de Família e Comunidade da Fesp, podemos ser uma
fortaleza para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Palmas”, conta.
A médica Tatiane Pires de
Oliveira, 25 anos, natural de Uruana (GO), veio para Palmas cursar a tão
esperada residência, mas não imaginava que logo nos primeiros meses de atuação
ia enfrentar uma pandemia. A residente diz que a maioria dos profissionais
ficam ansiosos com as incertezas da patologia, com as mudanças e novidades
diárias, mas, segundo ela, é um momento único de aprendizado. “Estamos
realizando os atendimentos de forma a não gerar tumulto na unidade de saúde. A
cada dia, um residente fica responsável pelo atendimento das síndromes gripais.
E assim vamos nos dividindo no acolhimento dos usuários do SUS. Inúmeros
pacientes têm chegado sem sintomas e ansiosos pelas notícias, desejam de forma
incisiva realizar o teste, o que tem tornado difícil o manejo, até desses
casos. Acredito que nossa força de trabalho se mostrou válida nesse momento,
temos nos permanecidos focados mesmo com a situação atípica. O apoio existente
entre os residentes e a equipe da coordenação são essenciais para seguirmos
firmes. Em minha unidade nossa preceptora é muito parceira e tem nos ajudado em
vários aspectos” descreve.
A coordenadora da Comissão de
Residência Médica da FESP e inspetora da especialização, a médica Andréia
Zanon, destaca a atuação dos 34 residentes médicos que estão de fato na linha
de frente dos atendimentos, pois de acordo com o fluxo do Ministério da Saúde,
a porta de entrada dos pacientes sintomáticos é nas emergências e na atenção
primária. “Vejo que os residentes de Medicina de Família e Comunidade tem tido
um papel fundamental no atendimento dos pacientes de Covid-19 em Palmas, haja
vista que temos oito Centros de Saúde da Comunidade (CSCs) que são unidades
escola, com os nossos 34 residentes distribuídos neles, de Norte a Sul da nossa
Capital, atendendo de forma integral, com a compreensão da importância do foco
na pessoa e não na doença e capacitados para tal”, pontua.
Além de médicos, há
profissionais residentes de outras áreas, como odontologia, farmácia, psicologia, enfermagem,
serviço social, educação física e nutrição também atuando na prevenção e
combate ao coronavírus na Capital.