O preconceito ainda é uma barreira que impede muitas pessoas de procurarem atendimento de saúde, especialmente quando se trata de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). O estigma e a vergonha acabam atrasando o diagnóstico e o início do tratamento, o que pode trazer sérias consequências à saúde.

Em Palmas, conforme dados da área técnica da Secretaria Municipal da Saúde (Semus), foram diagnosticados durante este ano 1.096 pacientes para sífilis (congênita, gestante e adquirida), e cerca de 1.800 pessoas estão em tratamento e convivem com o HIV na Capital.

A coordenadora técnica das ISTs, Larissa Timponi Medeiros, explica que esses números refletem o trabalho de vigilância e o cuidado da Semus na busca pelo diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Atendimento sigiloso e gratuito

Larissa pontua que as equipes de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) estão preparadas para acolher todos os pacientes com sigilo, respeito e empatia. “As Unidades de Saúde da Família (USFs) oferecem atendimento gratuito voltado às ISTs, incluindo testagem rápida, distribuição de preservativos, aconselhamento e acesso à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e à Profilaxia Pós-Exposição (PEP)”, ressaltou.

A profissional ainda explica que a Profilaxia Pós-Exposição previne a infecção por HIV, hepatites virais e outras ISTs, e deve ser iniciada até 72 horas após uma situação de risco. Além disso, também estão disponíveis os autotestes, o paciente pode retirar o kit e realizar o teste onde se sentir mais confortável. “Em caso de resultado reagente, deve retornar à unidade para realizar a testagem confirmatória.Tanto o tratamento do HIV quanto o da sífilis são gratuitos, seguros e garantidos integralmente pelo SUS”, concluiu.

Como se proteger

• Use camisinha em todas as relações sexuais
• Realize testes de rotina, principalmente em gestantes e parceiros
• Faça acompanhamento no pré-natal
• Trate corretamente para não transmitir a infecção

Texto: Rodrigo Marques

Edição: Iara Cruz