
Saúde inicia coleta de sangue canino para controle da leishmaniose visceral
Agentes da Unidade de Vigilância e Centro de Controle de Zoonozes (UVCZ) vão percorrer as quadras da Capital para coletar os dados dos animais
A Secretaria de Saúde de
Palmas (Semus) inicia nesta quinta-feira, 17, o Inquérito Sorológico Canino
2018. Durante os próximos dias os agentes da Unidade de Vigilância e Centro
de Controle de Zoonoses (UVCZ) vão percorrer as quadras da Capital para coletar
os dados dos animais. O inquérito é uma das formas de controle da leishmaniose
visceral e será desenvolvido de maio a novembro de 2018 nas áreas classificadas
como transmissão intensa, moderada e esporádica para a doença.
Em Palmas, o Inquérito
Sorológico Canino terá início na região dos Aurenys, onde o primeiro setor a
ser monitorado será o Aureny III, quando todas as residências receberão a
visita do agente de endemias. Após visitar essas localidades os técnicos
seguirão para quadras na região Aureny II e Santa Bárbara.
De acordo com o coordenador
Ademilton Guimarães, o Inquérito Canino é indicado para áreas urbanas com
transmissão em municípios prioritários. Deve ser feito de casa em casa e
consiste na coleta de sangue dos cães para análise sorológica, com o objetivo
de controle da doença, através da identificação de cães infectados, como também
de avaliar a prevalência canina. “A ação é realizada anualmente pela saúde
municipal. É um trabalho integrado com as demais ações de controle da
leishmaniose visceral”, explica o coordenador lembrando que inquérito canino
consiste na coleta de sangue de 100%
dos animais nas quadras com transmissão de casos humanos autóctones de
leishmaniose visceral, as demais quadras, ou seja, sem transmissão realiza-se a
vigilância canina, que é a investigação de 50% dos cães da localidade ”
pontua.
Leishmaniose
Visceral
A leishmaniose visceral ou calazar
é uma zoonose causada por um protozoário do gênero Leishmania (chagasi),
transmitida pela picada do mosquito palha, que se infecta ao sugar o homem ou
outro animal (cão) infectado. É uma doença infecciosa crônica, generalizada
caracterizada principalmente por febre de longa duração, hepatoesplenomegalia,
perda de peso, pancitopenia, astenia, estado de debilidade progressivo, dentre
outras manifestações, levando o paciente ao óbito, se não for submetido a
tratamento específico.
É caracterizada como uma
doença de caráter eminentemente rural, porém com ampla expansão para áreas
urbanas, representando um crescente problema de saúde pública. Segundo a
estratificação epidemiológica dos casos em humanos referentes aos últimos três
anos, o município de Palmas é classificado como área de transmissão intensa da
doença.