
Saúde reforça a importância do uso de repelente durante a gestação; protetor contra o Aedes é distribuído gratuitamente no SUS
Em Palmas, atualmente 1.960 mulheres que fazem o pré-natal nos Centros de Saúde da Comunidade da Capital são contempladas com repelente
Em 2015, o Brasil viveu um
surto de zika vírus associado a casos de microcefalia em bebês quando gestantes
contraíram a doença durante a gravidez. Desde então, o uso de repelentes
tornou-se essencial para todas as grávidas, protegendo-as contra o mosquito Aedes aegypti, vetor de zika, dengue e
chikungunya.
Na rede pública, o Ministério
da Saúde envia aos municípios repelentes a serem distribuídos para as
gestantes. De início a recomendação de uso do repelente era apenas nos três
primeiros meses de gravidez, mas em pouco tempo o seu uso foi recomendado para
toda a gestação. Sendo assim, as gestantes recebem dois frascos mensalmente
para se protegerem do mosquito. Em Palmas, atualmente 1.960 mulheres que fazem
o pré-natal nos Centros de Saúde da Comunidade da Capital são contempladas com
repelente.
A gestante Andreia Lopes
Tavares, 31 anos, está no sétimo mês de gravidez, ansiosa pela chegada de
Mirela. “É minha primeira filha e desde o início do pré-natal sigo todas as
orientações e uso o repelente para que ocorra tudo bem. Quando vou para a
chácara, passo várias vezes e mosquito nenhum chega perto, protege mesmo”,
recomenda Andreia, lembrando que já teve dengue há muito tempo.
Adivan Pereira Silva, 28
anos, está no quarto mês de sua terceira gestação e toma todo cuidado com ela e
o bebê. “Eu não sei diferenciar o mosquito da muriçoca, mas sei que ao usar o
repelente nenhum deles chega perto. Eu nunca tive nenhuma dessas doenças que
ele transmite, mas o relato de quem teve já me assusta, por isso faço de tudo
para me proteger”, disse.
O enfermeiro do CSC Valéria
Martins (Arse 122), Ériko Marvão, reforça a importância do uso do repelente. “A
partir do dia que a gestante inicia o pré-natal aqui na unidade, a gente dá uma
série de orientações e dentre elas, entra a orientação sobre as arboviroses:
dengue, zika, chikungunya e febre amarela, medicações necessárias e as vacinas
que precisam tomar. Sempre tem alguma gestante recusando algum tipo de
orientação, mas a gente observa que as gestantes que fazem o uso do repelente
ficam de fato protegidas de outros mosquitos inclusive”, reforçou.
Modo
de usar
De acordo com o Ministério
da Saúde, a aplicação nas áreas do corpo que são expostas ao sol deve ser
reforçada a cada dez horas, mas o uso de repelentes não deve ser a única medida
a ser tomada para evitar a transmissão das doenças. A melhor maneira de se
proteger contra o mosquito é eliminando seus criadouros.
É importante que as gestantes adotem ainda medidas simples que possam evitar o contato com o Aedes aegypti, como se proteger da exposição de mosquitos, manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida, entre outras. “A população precisa acreditar nesses recursos de prevenção e é até estranho a gente vê tantos casos de dengue acontecendo hoje, porque a prevenção é simplesmente eliminar água parada. Está faltando cuidado, não tem como o profissional de saúde invadir a casa do morador e dizer faça isso ou aquilo, cada um tem que fazer a sua parte”, concluiu o enfermeiro Ériko.
Revisão e postagem: Iara
Cruz