
Sehab avalia positivamente o intercâmbio técnico sobre Regularização Fundiária com São Bernardo do Campo
Foi encerrada nesta quinta-feira, 27,
a discussão temática sobre regularização fundiária com técnicos da Prefeitura
de São Bernardo do Campo (SP). O evento
contou também com a participação de técnicos da Prefeitura, do Governo
Estadual, Ministério Público Estadual e Caixa Econômica Federal.
Para o secretário municipal de
Habitação de Palmas (Sehab), Diogo Fernandes, o evento foi de grande valia,
pois através dele foi possível conhecer mecanismos de regularização mais fáceis
e rápidos.
“Agora, aguardamos a Câmara Municipal
aprovar nosso Plano de Regularização Fundiária que vai subsidiar a criação dos
instrumentos jurídicos nos moldes já utilizados em São Bernardo do Campo, o que
tornará o processo de regularização mais fácil e célere”, ressaltou.
A temática da regularização fundiária
foi abordada no intercâmbio através da diretora do Departamento de Assuntos
Fundiários, Gisele Gonçalves Dias e a chefe de Divisão de Execução da
Regularização Jurídica e Fundiária, Camila Cristina de Oliveira, de São
Bernardo do Campo (SP).
Segundo a diretora Gisele Dias, o que
faz de São Bernardo do Campo referência é a estruturação jurídica adotada no Município
o que permite regularização em ampla escala. “Trabalhamos com uma comissão
técnica especial que desenvolve diagnósticos integrados envolvendo áreas
urbanísticas, social, ambiental e jurídica”, disse.
A chefe de Divisão, Camila Oliveira,
ressaltou que todo o trabalho de regularização fundiária em São Bernardo conta
com um arcabouço jurídico e um dos principais instrumentos adotados nos
processos de regularização é a Lei Federal nº 11.977/09 que dispõe sobre o procedimento
administrativo pelo qual o poder público, no âmbito da regularização fundiária
de interesse social, demarca imóvel de domínio público ou privado, definindo
seus limites, área, localização e confrontantes, com a finalidade de
identificar seus ocupantes e qualificar a natureza e o tempo das respectivas
posses.
“Das 20 áreas que regularizamos, nove
utilizamos mecanismos dispostos nessa lei. Outro instrumento adotado é a
alienação de áreas públicas municipais em que é possível comercializar lotes
dessas áreas a preços acessíveis, onde é cobrada às famílias uma prestação que
varia de 9% a 11% de acordo com a renda familiar de cada um”, ressaltou Camila
Oliveira frisando que todas as medidas de regularização são realizadas em áreas
ocupadas já consolidadas.
Palmas conta com oito áreas
prioritárias para regularização, somando cerca de 10 mil famílias e, para o diretor
de Regularização Fundiária da Sehab, Elias Martins, “Foi muito pertinente
tomarmos ciência dessas experiências positivas no tocante ao uso de
instrumentos que ainda não utilizamos. Espero que possamos, no que for
possível, adequar tais práticas à realidade de nossa Capital”.
Martins adiantou ainda que uma
reunião será marcada para a próxima semana com todos os entes envolvidos na
Comissão de Regularização Fundiária de Palmas com o intuito de consolidar todas
as informações adquiridas e nortear estudos de ações práticas para o município.