Semus chama a atenção para a defesa dos direitos das pessoas em sofrimento mental

Praia da Graciosa foi palco de ações em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Semus chama a atenção para a defesa dos direitos das pessoas em sofrimento mental

Praia da Graciosa foi palco de ações em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial

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Nesta sexta-feira, 17, a Praia da Graciosa foi palco de ações em defesa dos direitos das pessoas que enfrentam sofrimento mental. As ações na praia reuniram dezenas de pessoas que conferiram uma exposição de fotos da reforma psiquiátrica, de objetos artesanais produzidos por pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial de Palmas, e produções de caricaturas. O momento faz parte da programação do evento ‘Libertamente: Luta Antimanicomial de Palmas’, que acontece de 13 a 21 de maio, em alusão ao 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial. O evento é realizado pela Secretaria Municipal da Saúde de Palmas, por meio da Fundação Escola Pública de Palmas (Fesp).

Para a coordenadora de Saúde Mental da Semus, Eunicelha Lemos Nascimento, é de extrema importância que as pessoas em sofrimento mental sejam acompanhadas por profissionais para que consigam passar por este momento. “Nossos três Centros de Atenção Psicossocial (Caps), cada um com sua especificidade, ajudam os pacientes para que tenham um tratamento integrado em seus contextos territoriais, sociais e familiares”, destaca. 

Como parte do tratamento, a paciente Sônia Maria Rodrigues aprimorou seu talento com artesanato e produz belos descansos de panela com a técnica do fuxico. Sobre o tratamento, Sônia afirma que o processo inicial foi difícil. “No começo foi um pouco difícil, mas depois eu consegui. A equipe me acolheu e me deu condições de conseguir melhorar e chegar até o ponto que estou hoje. Desde 2022 sou atendida pelos profissionais do Caps e venho tendo bons resultados. Além do acompanhamento médico, também faço pulseiras, fuxicos, pano de prato e outras atividades”, informa. 

Sobre a decisão de buscar ajuda profissional, Sônia enfatizou que é de extrema importância conseguir auxílio e não ter receio de se sentir fraco ou incapaz. “Eu saía de casa e passava o dia fora. Depois que comecei a fazer o tratamento, tudo mudou e me sinto melhor ao conseguir fazer atividades do dia a dia. Ninguém pode desistir. Se precisar de ajuda, tem que procurar”, recomenda. 

Sobre os estigmas envolvendo pessoas em sofrimento mental, o psicólogo e professor universitário Luiz Cláudio Ferreira explica se tratar de uma luta de décadas. “A luta antimanicomial é um movimento de quase 40 anos, em que os profissionais, usuários, familiares têm se envolvido na defesa de tratamentos alternativos ao hospital psiquiátrico. Precisamos apontar outras soluções para esse tratamento e, os Caps, têm servido a essa proposta de dar um tratamento mais humanizado”, detalha.

Texto: Redação Semus