
Semus realiza estudo e amplia projeto para atender adolescentes com gravidez precoce na Capital
Iniciativa realiza um estudo que aponta os maiores índices de mães adolescentes nas diferentes regiões da Capital
Para ampliar os cuidados à saúde das adolescentes em Palmas no contexto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) amplia os serviços para este grupo na rede de Atenção à Saúde do município. Neste sentido, a pasta desenvolve um projeto piloto, que consta de um estudo epidemiológico dos territórios de saúde do município de Palmas.
O estudo aponta os maiores índices de mães adolescentes nas diferentes regiões da Capital. A partir desta análise, a secretaria ampliou o serviço que permite melhor atender essas meninas.
O projeto iniciou no final do mês passado e conta com o apoio da área de ginecologia para realizar os atendimentos às adolescentes encaminhadas das Unidades de Saúde da Família (USFs). “A nossa intenção é direcionar o olhar quanto ao planejamento sexual e reprodutivo, gravidez na adolescência e posteriormente o acompanhamento anticoncepcional após o parto e até os 20 anos de idade”, completa a coordenadora do grupo Técnico de Ciclos de Vida da Semus, enfermeira Yusely Sanchez Capote.
Ainda segundo Yusely, a pasta pretende estender o projeto quando voltarem às aulas na cidade. Ela enfatiza que no âmbito escolar, mediante as equipes de Atenção Primária à Saúde é possível buscar melhor promoção na educação sexual e reprodutiva como parte dos programas sobre direitos à saúde e a proteção social às crianças e adolescentes, inclusive na gravidez precoce. “Acreditamos que a educação é capaz de levar informação e conhecimento e, desta forma, também prevenir que essas meninas não tenham gravidez precoce”, diz.
Gravidez precoce
Os adolescentes de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) são os indivíduos entre 10 e 20 anos incompletos, o que representam entre 20% e 30% da população mundial. Ainda conforme a OMS, estima-se que no Brasil essa proporção alcance 23%.
De acordo com a coordenadora, dentre os problemas de saúde nessa faixa etária, a gravidez predomina em quase todos os países, principalmente naqueles em desenvolvimento. “Segundo a OMS, a gestação nesta faixa etária é uma condição que eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais, além de agravar problemas socioeconômicos já existentes. Alguns estudos demonstram aumento na incidência de intercorrências pré-natais, intraparto, pós-parto e perinatais entre gestantes adolescentes”, ressalta.