02 abril 2014 às 15:47

Servidores são capacitados para atuação na rede de apoio às pessoas com necessidades especiais

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social,  em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Tocantins, capacitou nesta quarta-feira, 02, cerca de 70 técnicos, assistentes sociais e psicólogos para atuarem na rede de apoio às pessoas com necessidades  especiais. 

 

A capacitação pretende dotar esses profissionais, nos seus atendimentos à população, de conhecimentos sobre o cadastro e encaminhamento daqueles que se encontram excluídos  e em situação de vulnerabilidade social.

 

A superintendente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Ivanete Ribeiro, que na ocasião representava a secretária Maria Luíza, destacou a importância da parceria  com  o Ministério do Trabalho para inserção das pessoas com deficiência  no mercado do trabalho. “Através dessa parceria vamos unir esforços para anemizar a vida daqueles que só precisam de uma oportunidade  para alcançar sua autonomia”, finalizou.

 

Segundo a auditora Fiscal do Trabalho, Marcia Coelho Magalhães, o deficiente físico é erroneamente caracterizado como uma pessoa incapaz de assegurar, por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal. “Em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas, o ‘Pcds’ teoricamente para o empresariado é visto como uma pessoa incapaz”, destacou.   

 

O superintendente Regional do Trabalho e Emprego do Tocantins, José Arcanjo Pereira Júnior, destacou que o Ministério do Trabalho tem realizado um trabalho de fiscalização, atuação e de acompanhamento junto as empresas. “Muitas vezes as empresas tem nos procurado e afirmado que não conseguem cumprir sua cota por não existir mão de obra suficiente para o mercado de trabalho. E realmente quando vamos olhar nossos bancos de dados não temos cadastrados. Muitas vezes até prorrogamos os prazos e fazemos acordos para cumprirmos essas cotas. Existe uma resistência, muito grande, por parte da própria família em nos enviar essas pessoas para inserção no mercado do trabalho”, explicou.

 

A psicóloga Railma Pereira Martins, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Jardim Aureny III, destacou a importância da capacitação para orientar e informar às famílias sobre todos os procedimentos que precisam para encaminhar as  pessoas com necessidades especiais para inserção do mercado de trabalho. “Os exemplos são diversos. Assim, antes de dizer que uma pessoa com deficiência não tem condições, é preciso dar a ela oportunidade de revelar suas reais potencialidades para desempenhar as funções. Por outro lado, não se pode esquecer que o desenvolvimento tecnológico vem propiciando, cada dia mais, que as pessoas com deficiências realizem atividades antes inimagináveis para elas”, ressaltou.

 

Dados de pessoas inseridas no mercado de trabalho

Segundo pesquisas apontadas pelo Ministério do Trabalho em 2013 foram inseridas 117 pessoas, com deficiência física, no mercado de trabalho.  Sendo 87 em Palmas, nove em Gurupi e 21 em Araguaína. E foram fiscalizadas 85 empresas.

 

Já em 2014, consta que 79 empresas do Tocantins foram notificadas.  Sendo 25 em Palmas, oito em Gurupi, 14 em Araguaína e 32 no interior.