19 setembro 2017 às 14:34

Sesmu pede engajamento de órgãos governamentais e sociedade civil em prol de um trânsito mais humano

Dados apresentados durante abertura da Semana Nacional de Trânsito em Palmas mostram que em 2017 o álcool é o maior fator de risco de acidentes em Palmas.


“Além de chamar a atenção sobre responsabilidade de cada um no trânsito, é preciso que não só os órgãos governamentais estejam engajados nessa luta pela vida, mas também a sociedade civil”, afirmou o secretário executivo da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), Jocélio Santos, durante a abertura, nesta segunda-feira, 18, da Semana Nacional de Trânsito em Palmas cujas ações irão até o próximo dia 25.


Promovida pela Sesmu, por meio da Gerência de Educação para o Trânsito e parceiros, a semana tem como tema Minha Escolha Faz a Diferença. “Temos planejado nossas ações pautando a vida como prioridade e esperamos não só a participação, mas também a conscientização dos usuários, sejam eles motoristas, motociclistas ou pedestres”, ressaltou Santos. A abertura foi marcada também pela palestra da doutoranda Jessimira Piterri com foco nos motociclistas.


Na ocasião, o agente de trânsito Zuilton Chagas, integrante da Comissão de Dados do Programa Vida no Trânsito (PVT), apresentou um boletim epidemiológico, com os dados de acidentes de trânsito em Palmas, relacionando-os com os  principais fatores de influência. A partir de dados de 2011, a comissão responsável encaminha sugestões aos órgãos competentes para que estes tomem providências.


De acordo com o levantamento, em 2015, o fator de risco que mais influenciava a ocorrência de acidentes graves e fatais era a alta velocidade com 32%, seguido por fatores relacionados à infraestrutura, 28%, e álcool, 22%. Após mapear os pontos críticos,  a Prefeitura instalou de redutores de velocidade e aumentou a fiscalização.


Em 2017, o boletim parcial demonstra que houve mudança na ordem dos fatores apresentados, com a alcoolemia ocupando a primeira posição com 59%, seguido de alta velocidade, 20%, e infraestrutura, 14%. Outro dado que chama a atenção é o fato de em Palmas existir 1,63 habitante por veículo.


“O trânsito não é um problema de saúde pública  não só em Palmas ou no Brasil. É um problema mundial”,  afirma a doutoranda em ciências biomédicas Jessimira Piterri, palestrante que apresentou dados de sua tese de doutorado com o tema Uma vida não tem preço: Programa de intervenção educativa para motociclistas em Palmas. A pesquisadora escolheu como público alvo os motociclistas, já que 82% dos acidentes graves e fatais que acontecem em Palmas envolvem motocicletas. O estudo envolve acadêmicos e desenvolve atividades voltadas ao público escolhido e ao maior fator de risco: motociclistas e álcool.

 

 

Programação

 

Como o objetivo é chamar a atenção do cidadão sobre sua responsabilidade no trânsito, valorizando as ações do cotidiano e buscando a participação de todos os envolvidos para preservar de vidas no trânsito. A programação inclui intervenções pedagógicas, blitze educativas em diversos pontos da cidade, como praias, parques e escolas, palestras, e capacitações direcionadas aos profissionais do trânsito e também ao público em geral.


“Problemas no trânsito dependem de que os órgãos estejam na mesma sintonia e que a sociedade, principalmente, participe de modo a fortalecer as ações durante o ano inteiro,” lembrou o gerente de Educação para o Trânsito da Sesmu, Celestino Pessoa.


A Semana Nacional de Trânsito está sendo realizada por meio de parceria que inclui o Projeto Vida no Trânsito (PVT), Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Corpo de Bombeiros Militar, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Grupo de motociclistas Esquadrão de Cristo e Casal. 

 

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