
Sesmu pede engajamento de órgãos governamentais e sociedade civil em prol de um trânsito mais humano
Dados apresentados durante abertura da Semana Nacional de Trânsito em Palmas mostram que em 2017 o álcool é o maior fator de risco de acidentes em Palmas.
“Além de chamar a atenção sobre responsabilidade de cada um no trânsito, é preciso que não só os órgãos governamentais estejam engajados nessa luta pela vida, mas também a sociedade civil”, afirmou o secretário executivo da Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu), Jocélio Santos, durante a abertura, nesta segunda-feira, 18, da Semana Nacional de Trânsito em Palmas cujas ações irão até o próximo dia 25.
Promovida pela Sesmu, por meio da Gerência de Educação para o Trânsito e parceiros, a semana tem como tema Minha Escolha Faz a Diferença. “Temos planejado nossas ações pautando a vida como prioridade e esperamos não só a participação, mas também a conscientização dos usuários, sejam eles motoristas, motociclistas ou pedestres”, ressaltou Santos. A abertura foi marcada também pela palestra da doutoranda Jessimira Piterri com foco nos motociclistas.
Na ocasião, o agente de trânsito Zuilton Chagas, integrante da Comissão de Dados do Programa Vida no Trânsito (PVT), apresentou um boletim epidemiológico, com os dados de acidentes de trânsito em Palmas, relacionando-os com os principais fatores de influência. A partir de dados de 2011, a comissão responsável encaminha sugestões aos órgãos competentes para que estes tomem providências.
De acordo com o levantamento, em 2015, o fator de risco que mais influenciava a ocorrência de acidentes graves e fatais era a alta velocidade com 32%, seguido por fatores relacionados à infraestrutura, 28%, e álcool, 22%. Após mapear os pontos críticos, a Prefeitura instalou de redutores de velocidade e aumentou a fiscalização.
Em 2017, o boletim parcial demonstra que houve mudança na ordem dos fatores apresentados, com a alcoolemia ocupando a primeira posição com 59%, seguido de alta velocidade, 20%, e infraestrutura, 14%. Outro dado que chama a atenção é o fato de em Palmas existir 1,63 habitante por veículo.
“O trânsito não é um problema de
saúde pública não só em Palmas ou no Brasil. É um problema
mundial”, afirma a doutoranda em ciências biomédicas Jessimira Piterri,
palestrante que apresentou dados de sua tese de doutorado com o tema Uma vida
não tem preço: Programa de intervenção educativa para motociclistas em Palmas.
A pesquisadora escolheu como público alvo os motociclistas, já que 82% dos
acidentes graves e fatais que acontecem em Palmas envolvem motocicletas. O
estudo envolve acadêmicos e desenvolve atividades voltadas ao público escolhido
e ao maior fator de risco: motociclistas e álcool.
Programação
Como o objetivo é chamar a atenção do cidadão sobre sua responsabilidade no trânsito, valorizando as ações do cotidiano e buscando a participação de todos os envolvidos para preservar de vidas no trânsito. A programação inclui intervenções pedagógicas, blitze educativas em diversos pontos da cidade, como praias, parques e escolas, palestras, e capacitações direcionadas aos profissionais do trânsito e também ao público em geral.
“Problemas no trânsito dependem de que os órgãos estejam na mesma sintonia e que a sociedade, principalmente, participe de modo a fortalecer as ações durante o ano inteiro,” lembrou o gerente de Educação para o Trânsito da Sesmu, Celestino Pessoa.
A Semana Nacional de Trânsito está
sendo realizada por meio de parceria que inclui o Projeto Vida no Trânsito
(PVT), Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmu),
Secretaria Municipal de Saúde (Semus), Secretaria Estadual de Saúde (Sesau),
Corpo de Bombeiros Militar, Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Grupo
de motociclistas Esquadrão de Cristo e Casal.