
Sobras de comida e casca de frutas viram adubo orgânico para a horta escolar da ETI Duque de Caxias – Caroline Campelo
Para a equipe escolar, a horta é uma oportunidade de conscientizar os alunos para a alimentação correta, consumo de orgânicos e o ensino técnico para a produção.
A ETI Duque de Caxias – Caroline
Campelo, no Setor Santa Fé II, decidiu pelo reaproveitamento da casca de
beterraba, de batatinha, laranja e banana, para compostagem e formação de adubo
na horta escolar da unidade. Nesta quarta-feira, 18, foi a primeira colheita de
hortaliças com o uso do adubo orgânico.
Segundo o professor James
Paulo, para o processo de adubo com aproveitamento de restos de alimentos,
foram adquiridos vasilhames para a compostagem. “Colocamos a estocagem nos
baldes e deixamos escorrer o chorume, e isso está funcionando bem”, afirma o
educador.
Para o professor Valter
Valentino, a horta é uma oportunidade de conscientizar os alunos para a
alimentação correta, consumo de orgânicos e o ensino técnico para a produção.
Ele percebeu o interesse dos alunos em implantar hortas em casa após as
experiências desenvolvidas na escola. “Vários alunos moram em chácaras e
incentivamos neles o empreendedorismo rural para promover a produção”, explica.
Quem está prestes a
implantar uma horta em casa é o estudante Eduardo Francisco, 13 anos. Ele
afirma que sentiu motivação após a experiência com a horta da ETI Duque de
Caxias – Caroline Campelo. “Já consegui o adubo, passei pelas experiências e
pretendo implantar até o fim deste ano de 2017”, conta o aluno.
A ETI também dispõe do
sistema de hidroponia, o cultivo de plantas suspenso, caracterizado por não
precisar de solo, pois as raízes das plantas ficam dentro da água. De acordo
com a diretora da unidade escolar, Iranildes Tavares, a ideia é tornar a
produção sustentável para atender toda a demanda da alimentação diária dos
alunos.
Economia
A horta na própria unidade
pode gerar economia nos custos com alimentação escolar. Segundo levantamento
realizado pela engenheira ambiental, Mariana Borges, coordenadora do projeto
“Roça na Escola”, uma escola com cerca de 1.200 alunos e com produção
sustentável pode economizar até R$ 20.450,00 em um ano letivo com os alimentos
produzidos na horta escolar, em comparação à compra por meio de licitação
(Política de compras na administração pública brasileira).
“Os alunos interagem
plantando, cuidando, colhendo e a escola ainda economiza, caso for comprar
fora. Além disso, o que vem de fora não sabemos a procedência. Também tenho a
intenção de fazer uma horta em casa”, comenta o estudante de 14 anos, Kettson
de Jesus.
Se dependesse do aluno
Samuel Kevin, 13 anos, todo o gramado da ETI Duque de Caxias – Caroline Campelo
seria substituído por hortas e árvores frutíferas. “Melhor até para o
paisagismo”, revela.
Custo-benefício
(Aproximadamente – alimentação para 1200 alunos)
Cheiro Verde (Cebolinha
+ Coentro)
10 maços por dia/200 dias
letivos
– Por meio de licitação:
Custo de R$ 6.000,00 (R$ 3,00 o maço)
– Por meio do Projeto Roça
na Escola: Custo de R$ 2.000,00
Economia de R$ 4.000,00 por
ano letivo.
Alface
25 pés de alface por dia/100
dias letivos
– Por meio de licitação:
Custo de R$ 12.500,00 (R$ 5,00 o saco)
– Por meio do Projeto Roça
na Escola: Custo de R$ 5.000,00
Economia de R$ 7.500,00 por
ano letivo.
Couve
20 maços por dia/60 dias
letivos
– Por meio de licitação:
Custo de R$ 5.400,00 (R$ 4,50 o maço)
– Por meio do Projeto Roça
na Escola: Custo de R$ 500,00
Economia de R$ 4.900,00 por
ano letivo.
Rúcula
10 maços por dia/30 dias
letivos
– Por meio de licitação:
Custo de R$ 1.350,00 (R$ 4,50 o maço)
– Por meio do Projeto Roça
na Escola: Custo de R$ 50,00
Economia de R$ 1.300,00 por
ano letivo.
Mandioca
40 kg por dia/20 dias
letivos
– Por meio de licitação:
Custo de R$ 2.800,00 (R$ 3,50 o kg)
– Por meio do Projeto Roça
na Escola: Custo de R$ 50,00
Economia de R$ 2.750,00 por
ano letivo.
Total de economia: R$ 20.450,00 por ano letivo
Edição: Lorena Karlla