25 setembro 2019 às 17:38

Técnicos da Saúde recebem treinamento teórico e prático para o Controle da Raiva Humana

O treinamento foi elaborado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec) e Secretaria da Saúde do Estado, em parceria com a Secretaria de Saúde da Capital


Nos dias 24 e 25 deste mês, veterinários, biólogos e técnicos da Secretaria da Saúde de Palmas que atuam na Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ) participaram do treinamento teórico-prático sobre o Controle da Raiva Humana

 

No primeiro momento foi feita abordagem teórica sobre o morcego hematófago, transmissor da raiva herbívora, posteriormente ocorreu a inspeção in loco de uma propriedade rural em Palmas. Ao percorrer a propriedade, o grupo descobriu uma colônia de morcegos hematofagos que estavam espoliando animais da propriedade e redondezas.

 

O treinamento foi elaborado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec) e Secretaria da Saúde do Estado, em parceria com a Secretaria de Saúde da Capital, com o objetivo de chamar a atenção dos profissionais para os procedimentos indicados no protocolo de tratamento profilático da raiva humana.

 

O veterinário da UVCZ, Leandro Chaves explica que a transmissão da raiva ocorre através da saliva de um mamífero infectado, sobretudo através da mordedura, lambedura ou arranhadura de animais. “Observamos que os morcegos também estão na área urbana e representam o maior risco para infecção por raiva.  É importante informar que se uma pessoa encontrar um morcego com hábitos incomuns, voando durante o dia ou caído no chão, a indicação é isolar o local onde o animal foi encontrado ou prendê-lo com um balde”, orienta, recomendando que não se deve tocar no animal, e sim entrar em contato imediatamente com os órgãos de vigilância ambiental e de Saúde.

 

O veterinário informa ainda que a raiva é uma doença grave e pode provocar a morte do paciente. No caso de contato com um animal suspeito, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar imediatamente um serviço de saúde.

 

O gerente da UVCZ, Auriman Cavalcante Rodrigues, ressalta a importância do treinamento, na medida em que agrega conhecimento à equipe. “É importante destacar que não há registro de pessoas com sintomas de raiva humana e o trabalho que está sendo feito é preventivo, executado em todos os casos de pessoas atacadas por um animal silvestre com potencial de transmitir raiva. A capacitação vai facilitar ainda mais a realização das ações de monitoramento e controle, ajudando inclusive antecipar às situações que envolvem essa grave doença”, lembrou.

 

Fique atento:

 

Evite tocar em qualquer morcego, vivo ou morto.

 

Os morcegos são animais de hábitos noturnos. Quando encontrados caídos ou voando durante o dia podem estar doentes, com o vírus da raiva.

 

O contato direto com morcegos por toque, arranhões ou mordidas é grave. Caso isso aconteça, procure a unidade de saúde mais próxima.

 

Qualquer espécie de morcego pode transmitir o vírus da raiva, não apenas o hematófago.

 

É importante a vacinação anual de cães e gatos contra raiva, mesmo para animais idosos e que não tenham acesso às ruas. Para humanos não há indicação de vacinação prévia, com exceção dos profissionais que trabalham na área e com manejo de animais, conforme avaliação baseada no protocolo do Ministério da Saúde.

 

 



Edição e postagem: Lorena Karlla 

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