
Teia – Tecendo a Rede Municipal de Pontos de Cultura busca o fortalecimento em Palmas
Oficinas e rodas de discussão trataram sobre o assunto na sexta, 31 e neste sábado 1º
Quais
são as soluções possíveis para os desafios enfrentados cotidianamente na gestão
dos Pontos de Cultura? Foram algumas das questões em discussão na Teia – Tecendo a
Rede Municipal de Pontos de Cultura – Desafios e Soluções, evento
promovido pela Fundação Cultural de Palmas (FCP), com apoio do Ministério da
Cultura (MinC), na sexta-feira, 30, e sábado, 1º de setembro, no Espaço
Cultural José Gomes Sobrinho.
As
respostas para estas questões foram buscadas por representantes e integrantes
dos pontos de cultura de Palmas em oficinas e rodas de discussão sobre gestão
de projetos culturais, economia solidária e criativa, e formação de redes e
roda de discussão. O objetivo é fortalecer a Rede em Palmas através da
colaboração e troca de conhecimento.
Participante
da oficina sobre Gestão de Projetos Culturais, Ana Paula Souza, representante
do Ponto de Cultura Arte Fato, avalia a realização da Teia como uma
oportunidade de troca e conhecimento de outras realidades. “A gente consegue
ver e ouvir das outras pessoas outras realidades, que a sentimos em nosso Ponto
de Cultura, são informações que acrescentam, muitas vezes, o que não
conseguimos ver no nosso dia-a-dia. As orientações da oficina vão nos orientar
no planejamento das nossas ações, enxergar além”, disse ela.
Já Anderson Antônio dos Santos, do Ponto de Cultura Consolarte, participante da oficina de economia criativa considerou que a oficina “foi um processo importante para entender o que é economia criativa. “E entender que ela é a nossa realidade, uma vez que precisamos dar boa visibilidade aos nossos projetos para que dentro da nossa sociedade ele se torne um produto que tenha valor, é importante saber que para o passo da economia criativa, a gente precisa de inovação e tornar autêntico o nosso trabalho”, explicou Santos.
Para
o consultor Delson Cruz, que ministrou a Oficina de Gestão de Projetos, um dos
grandes desafios dos Pontos de Cultura é ver a cultura como vetor de
desenvolvimento social, como política pública. “Não é só entretenimento e
eventos”, disse ele, ao complementar que no caso da gestão é preciso falar da
capacidade desses pontos de operacionalizar recursos. “Então a oficina tem
o papel de mostrar essa cadeia produtiva da cultura, em que é necessário está
preparado para capitar os recursos, gerenciar, monitorar e fazer a prestação de
contas”, afirmou.
Diversidade
O
evento contou também com a participação da diretora do Departamento de Promoção
da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Renata de Carvalho Ferreira
Machado, que apresentou um panorama das ações do MinC para a áreas, e lembrou
do papel dos Pontos e Cultura para a manifestação da nossa diversidade.
“São eles que criam, transformam, ensinam, e fazem a cultura localmente”,
destacou.
Ainda
segundo Renata, é um avanço em relação aos desafios dos Pontos de Cultura foi a
transformação do programa Cultura Viva em uma Política Pública, uma vez que
garante a continuidade das ações através das diversas gestões. “A cultura não
exerce um papel secundário, coadjuvante no processo de desenvolvimento social,
econômico, ambiental do nosso País. Ela é protagonista desse processe e é assim
que deve ser tratada”, complementou.
Catálogo
Na
abertura da Teia, na sexta-feira, 30, foi realizado pelo presidente da Fundação
Cultural de Palmas, Giovanni Assis, o lançamento do Catálogo da Rede Municipal
de Pontos de Cultura, produzido pela FCP com apoio do MinC, e um importante
registro da produção cultural local.
Na
ocasião, Assis ressaltou que a Teia só existe pelos Pontos de Cultura, que por
meio do resgate do passado, da criação no presente, constrói a identidade
cultural que ficará para futuras gerações. “Só através do respeito à diversidade
que essa identidade será construída”, afirmou.
A
Teia contou ainda com apresentações dos diversos Pontos de Cultura presente, em
uma mostra da diversidade presente na Capital desde o batuque dos tambores, ao
contorcionismo, do balé à dança de rua, entre outros.
(Edição
e Postagem: Inez Freitas)