
“Todos os servidores receberão a data-base até 31 de dezembro”, garante prefeito
Ao anunciar a arrecadação de mais de R$ 131 milhões via Mutirão de Negociações Fiscais, Amastha garantiu também que os retroativos serão pagos até abril de 2018.
O saldo de R$ 131.973.346,94 em 16.804 acordos fechados no Mutirão de Negociações Fiscais da Prefeitura de Palmas garantirá o pagamento até 31 de dezembro do reajuste de perdas inflacionárias da data-base de 2017 a todos os servidores municipais. Ao todo, a data-base de 2017 custará aos cofres públicos cerca de R$ 30 milhões, cujo pagamento será realizado parceladamente.
Ao fazer o anúncio nesta
sexta-feira, 22, no Gabinete II, o prefeito Carlos Amastha lembrou que o
primeiro pagamento já foi realizado na folha de pagamento de agosto, depositada
neste mês de setembro, que garantiu a data-base a 5.229 servidores, o que
corresponde a 64% de todo o efetivo municipal, incluindo servidores de níveis
fundamental e médio, além dos professores de nível médio.
Pagamento por faixa de renda
Para beneficiar os demais
36%, foi anunciado cronograma de pagamento por faixa de renda progressiva.
“Pegamos aqueles que ganham menos e
iniciamos o pagamento na folha de agosto. Agora fizemos um escalonamento
até que chegássemos àqueles em que o salário é igual ou maior a R$ 5,5 mil”,
justificou o secretário municipal de Finanças, Christian Zini.
Desta forma, em outubro,
será paga a segunda parcela da data-base de 2017 a 1.031 servidores municipais com salários
entre R$ 2 mil e R$ 3.500. Em novembro, a data-base será paga aos 1.942
servidores municipais com salários entre R$ 3.500 e R$ 5 mil. Os últimos 52
servidores, que recebem salários acima de R$ 5 mil, receberão o benefício até
31 de dezembro deste ano.
Retroativos até abril de
2018
Já os retroativos referentes
ao período de concessão da data-base, isto é, cuja referência é o mês de
janeiro, serão pagos até o mês de abril de 2018. Os retroativos somam R$ 14,8
milhões, sendo R$ 2,3 milhões referentes ao efetivo de nível médio e R$ 12,6
milhões referentes ao efetivo de nível superior do município. Até abril de
2018, segundo Amastha, serão pagos também retroativos de progressões num
montante de R$ 11,5 milhões. Em resumo,
a Prefeitura de Palmas efetivará o pagamento de R$ 26,3 milhões em benefícios
retroativos até abril de 2018.
Como o Mutirão de Negociações
garantiu a opção de parcelamento de débitos fiscais, isto é, R$ 63,4 milhões da
receita negociada serão creditados ao Município em até 150 parcelas. Amastha
lembrou que, ainda que parte dos valores negociados não seja paga, o Município
garantirá esse cronograma de pagamento de benefícios. “Todo mundo vai receber a data-base até 31
de dezembro independente de qualquer circunstância, mesmo que isso represente
demissões ou cortes de despesas. O que anunciamos hoje é compromisso.
Continuamos pagando estas parcelas, já pagamos em agosto e continuaremos
pagando dentro do compromisso e da previsão”, garantiu o prefeito.
O prefeito também ressaltou
que os professores que insistem no movimento grevista são beneficiados com
salários valorizados e acima da média nacional. “O funcionário público
municipal a gente trata com o maior respeito assim como exige deles trabalho e
compromisso com a população. São mais de 30 milhões que são injetados na nossa
economia e isso melhora o ritmo da cidade. Essa gestão que a gente faz
equilibrando receitas é muito importante para a retomada econômica da cidade, o
que já é bem perceptível”, disse Amastha.
Números do Mutirão
Em termos de efeitos na receita municipal, o Mutirão de Negociações Fiscais garantirá a injeção de R$ 19,5 milhões em 2018, outros R$ 11 milhões em 2019, R$ 7,3 milhões em 2020 e mais R$ 10,8 milhões a partir de 2021. “Esse mutirão foi excepcional. Fizemos com que empresas e pessoas físicas viessem procurar o Município, recebessem descontos de até 100% em juros e multa e conseguissem voltar para o mercado de trabalho, ter certidão e contratar com o poder público”, avaliou o secretário Christian Zini.
O secretário frisou que não
será realizado mutirão em 2018. “Entendemos que a economia brasileira passou
por um mau momento e decidimos ajudar com esse incentivo. Todas as
oportunidades que poderiam ser dadas aos devedores já foram dadas. Agora,
contra os maus pagadores, a Prefeitura precisará tomar medidas mais duras com
protestos, execuções, pedidos de penhora, leilões de imóveis”, finalizou Zini.