
Tradição do arco e flecha encanta o público nos JMPI
Indígenas que vão participar das modalidades arco e
flecha e cabo de força fizeram reconhecimento da Arena dos Jogos, neste sábado,
24. O público que visitou a Vila Olímpica pôde presenciar espetáculo de
habilidade dos participantes, além de ver uma mistura de cores, estampada na
pintura corporal, trajes e cocares, marcas da cultura e da tradição indígenas.
Para Olivier Auguste, guerreiro da
etnia Kalinâ, da Guiana Francesa, o nível dos demais participantes é elevado.
Auxiliado por um membro de sua delegação, que traduziu para a língua
portuguesa, o indígena fez questão de ressaltar que estava ansioso.
“Estou impressionado com o nível dos meus irmãos, que estão usando
diferentes tipos de arco e flecha. Sou o melhor na minha Aldeia, e estou feliz
por ver que vou competir com um nível mais alto do que o meu. Essa é a primeira
vez que estou participando de uma competição mundial”, contou Olivier.
Já para o indígena Paulo Manoel, da
etnia brasileira Wai Wai, do Pará, o importante é a simbologia do instrumento
arco e flecha. “É com isso que nós caçamos, precisamos dele para buscar
nosso alimento e acertar um alvo traz muita alegria para nós. Estou feliz em
participar desse momento junto com os parentes do Brasil e de povos de outros
países”, frisou o indígena.
O reconhecimento da Arena contou com
a participação de diferentes etnias nacionais e estrangeiras, como as mulheres
indígenas que representaram a Mongólia, chamando a atenção do público pelas
vestes longas.