
Último dia de I Simpósio sobre Controle Populacional trouxe capacitação em captura e vasectomização de capivaras
Evento foi realizado em duas etapas, sendo uma aberta ao público e outra restrita aos técnicos da FMA e médicos veterinários ligados ao projeto
Terminou nesta quinta-feira, 22, o I Simpósio sobre Controle
Populacional de Capivaras realizado pela Fundação Municipal de Meio Ambiente
(FMA). Um dos pontos altos do evento foi o curso de cirurgia, em que técnicos e
médicos veterinários passaram por capacitação em captura com uso de dardos para
sedação e em vasectomia destes animais.
O simpósio foi
realizado em duas etapas, sendo uma teórica, na segunda-feira, 19, e
terça-feira, 20; e outra prática, na quarta-feira, 21 e quinta-feira, 22. A
parte teórica foi aberta ao público e a prática, direcionado a técnicos e
médicos veterinários.
Nesta quinta-feira,
três animais foram vasectomizados, uma alternativa mais adequada em relação à
castração, eles também receberam chips
de identificação. “A castração inibe a produção de hormônios, podendo
interferir na qualidade social do animal dentro do grupo”, explicou a gerente
de Monitoramento Ambiental da FMA, Bruna Almeida.
Participaram
do curso de confecção e uso de dardos 14 profissionais, e 13 fizeram o curso de
cirurgias. A gerente de Monitoramento Ambiental disse ainda que a utilização de
dardos na captura é um método que oferece segurança tanto ao animal, quanto ao
profissional. “Estamos falando de animais silvestres, cujo contato direto com o
ser humano não é recomendado, então o dardo é utilizado para sedação, para que
ele possa ser capturado, transportado e submetido aos procedimentos necessários
sem oferecer riscos”, detalhou a Bruna Almeida.
Capacitação
O Simpósio
sobre Manejo Populacional de Capivaras contou com a parceria da Guarda
Metropolitana de Palmas (GMP), Secretaria Municipal de Saúde (Sesmu),
Secretaria Estadual de Saúde (SES), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Universidade Católica do Tocantins
(UniCatólica) e Ulbra.
O evento
tratou sobre o diagnóstico populacional de capivaras realizado em 2018, que
identificou 172 indivíduos da espécie, entre as quais, 74 pertencentes a um
único grupo, que tem o Parque Cesamar como espaço de convivência. Também foram
tratados sobre os cuidados necessários para o convívio harmonioso entre animais
e ser humano e a circulação das capivaras na cidade.
Os animais
As capivaras
são grandes mamíferos, herbívoros, que vivem em grupos próximo a córregos e
lagos e, que em Palmas, sofrem pouca ameaça de predadores. Indicadores do
crescimento desses grupos, especialmente o grupo instalado no Parque Cesamar,
levantaram questionamentos acerca do ritmo de reprodução desses animais
silvestres e questionamentos sobre como garantir que a proximidade dessa
espécie com o homem e, especialmente, como realizar a prevenção de problemas
ambientais e de saúde pública que podem surgir diante de um crescimento
desordenado da população de capivaras.
Edição e postagem: Lorena
Karlla