
Voluntários ressaltam a diversidade cultural dos I JMPI
Movidos pelo desejo de conhecer novas
culturas, 450 voluntários de todo o Brasil e de outros países estão
contribuindo para a realização dos I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI),
realizados em Palmas, cuja abertura oficial vai acontecer nesta
sexta-feira, 23.
As atuações são diversas. Entre elas,
a função “atachê” é responsável por guiar a etnia indígena, acompanhando todas
as atividades desse grupo. A voluntária Ana Carolina Lima, natural de
Xambioá-TO, é atachê de um grupo formado por etnias bolivianas. A
fisioterapeuta contou que é a primeira vez que atua como voluntária e já se
sente inspirada para repetir a experiência. “Com certeza quero ir além do
Estado. É muito bacana participar de um evento grande como esse”, disse.
Já o experiente Laurentino Alves, que
faz trabalhos voluntários há 35 anos, disse que atuou em vários eventos
esportivos no Brasil e no exterior, como Chile e Cuba. O aposentado, natural de
São Paulo, ressaltou que a oportunidade de presenciar mais um evento esportivo,
mas, dessa vez, envolvendo os povos indígenas, vai diferenciar muito seu
currículo. “Eu desconhecia esse congraçamento indígena, aqui estou conhecendo
várias etnias. Essa vivência tanto com os indígenas como com outros voluntários
vai ficar para história da minha vida. Nunca vou esquecer”, ressaltou o
paulista, frisando que a receptividade do povo palmense tem sido um ponto forte
na sua primeira visita à Capital tocantinense. “Nós que viemos de fora
encontramos alojamento na casa dos voluntários daqui de Palmas. Estamos sendo
muito bem tratados”, contou.
Para o estudante de psicologia,
Erismar Araújo, que mora em Palmas, sua primeira experiência como
voluntário vai contribuir para aprimorar sua fluência na língua espanhola.
“Além de melhorar meu conhecimento no espanhol, estou tendo acesso à
diversidade cultural do evento, que é imensa”, ressaltou o estudante.
Os voluntários atuam na área da
alimentação, da recepção, além de agente de cultura, cuja função é atuar
na organização das manifestações culturais do evento. Os I JMPI contam
também com o trabalho voluntário de 30 monitores, cinco instrutores e três
coordenadores.