Aceiros realizados pela Seder no Parque Estadual do Lajeado auxiliam no combate às queimadas
Neste ano foram realizados cerca de 50 km de faixas ao longo de alguns limites do Parque com a eliminação da vegetação na superfície do solo
Vegetação
seca, vento forte e uma fagulha. Essa é uma combinação perigosa e coloca em
risco o meio ambiente, que depende dos recursos advindos na natureza para a sua
existência. As queimadas podem ser originadas de queimas na agricultura, queima
de lixo, descarte de objetos como bitucas de cigarro e vidros, além da própria
ação criminosa e intencional da ação humana.
Além
das ações de conscientização sobre os danos das queimadas, a Prefeitura de
Palmas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) realiza
anualmente aceiros na área do Parque Estadual de Lajeado. Neste ano foram realizados cerca de 50 km de
faixas ao longo de alguns limites do Parque. A ação resultou na eliminação da
vegetação na superfície do solo. “A ideia é proteger a fauna e flora do Parque
Estadual de Lajeado, considerado o pulmão de Palmas”, explica o secretário da
Seder, Roberto Sahium.
Conforme
o governo do Estado, o local possui uma área de aproximadamente 10 mil
hectares, com cachoeiras, grutas e cavernas, sítios arqueológicos com pinturas
rupestres, brejos, córregos, nascentes e ribeirões. A Área de Proteção
Ambiental da Serra do Lajeado foi criada em volta do Parque Estadual do Lajeado
e abrange Palmas, Lajeado e Aparecida do Rio Negro.
Sahium
lembra que todos os anos a Serra do Carmo e outras localidades nas proximidades
de Palmas sofrem danos causados pelas queimadas. “Quase que em sua totalidade,
os casos possuem uma característica em comum: iniciam na parte baixa da Serra
do Carmo, principalmente nas áreas mais periféricas da cidade e sobem a serra”,
detalha.
A
conscientização e colaboração da população são fundamentais para que os números
declinem a cada ano e as queimadas se tornem apenas uma lembrança ruim de um
passado marcado por tragédias ambientais. O bem maior da sociedade depende das
ações efetivas do hoje.
Números
Conforme
dados da Defesa Civil Municipal de Palmas, entre os anos de 2015 a 2019 foram
combatidos pela brigada de Palmas um total de 1.055 focos de incêndio. Sendo
524 em 2015; 118 focos no ano de 2016; 202 em 2017 e 211 em todo o ano de 2018.
Já
os números registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
por meio de análises espaciais e temporais a partir de imagens de satélites,
apontam nos meses de junho, julho, agosto e setembro de 2015 a 2019 ocorreram
201 focos de incêndio. Junho e os dezoito primeiros dias de julho deste ano já
registraram oito casos.
Para
que um foco seja registrado por satélite é preciso que ele tenha uma dimensão
de 1 metro de largura por 30 metros de comprimento, conforme explica o
superintendente da Defesa Civil, Bruno Maciel.
Outro
dado relevante é quanto à distribuição dos focos de incêndio combatidos pela
brigada do Município de 1° de julho a 30 de setembro de 2018. Foram 151 focos
em vegetação de área alterada; 36 em lotes baldios; 15 em vegetação de área
nativa e nove em áreas de preservação ambiental.
Proibição de queima
controlada
Emissão
e vigência de autorizações ambientais de queima controlada em todo o Estado
estão proibidas pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) até o dia 20
de novembro.
Mesmo
os produtores rurais que já tenham autorização para realização da queima
controlada não poderão realizar a prática. Quem descumprir estará sujeito a
multas.