Agosto Dourado: saiba quais são os benefícios da amamentação natural

Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas

Autor: Redação Fesp | Publicado em 06 de agosto de 2020 às 08:56

Fesp divulga cartilha com orientações e dicas para mostrar os benefícios do aleitamento materno e incentivar a prática da amamentação

A servidora pública Maysa Carvalho, 34 anos, sabe descrever bem o que amamentar naturalmente seus filhos, com livre demanda. Mãe de três meninos, Arthur, 9 anos, Lucca, três aninhos e Enrico, de um ano e dois meses, ela conta que alimentar os seus filhos foi uma das maiores felicidades que a maternidade lhe trouxe. “Sei que muitas mães não tiveram a mesma sorte que eu, apesar de que no início foi um pouco conturbado devido ao leite demorar a descer e as rachaduras nas mamas, logo depois tudo se normalizou, assim consegui manter um aleitamento em seio materno exclusivo por seis meses. Então não foi tão difícil. Tanto é, que os meus pequenos amamentaram até quando quiseram”, conta ela sorridente confidenciando que o caçulinha Enrico ainda desfruta das mamadas.

Para estimular outras mães a terem a mesma sensação da Maysa, um grupo de profissionais da saúde e residentes do Programa de Residência em Saúde da Fundação Escola de Saúde de Palmas (Fesp) aproveitaram a programação da Semana Mundial da Amamentação, que ocorre este ano no período de 1º a 08 de agosto, e produziram uma cartilha que está sendo compartilhada nas redes sociais da Saúde e grupos do WhatsApp, com orientações e dicas para mostrar os benefícios do leite materno e incentivar a amamentação.

A enfermeira Rita Oliveira Costa lembra que o leite da mãe tem sido considerado o melhor alimento para o recém-nascido do ponto de vista nutricional, pois segundo ela, reforça a imunidade do bebê contra doenças infecciosas e alérgicas e exerce importante papel na redução da mortalidade infantil. “O ato de mamar traz vantagens para o desenvolvimento oral da criança, pois a sucção correta pode garantir uma melhor respiração e progressão orofacial dos pequenos”, avalia a enfermeira.

Marcela Aquino Lacerda, odontóloga do grupo, relata que crianças amamentadas têm menos alergias, infecções, diarreias, doenças respiratórias e otites. As chances de desenvolver obesidade e diabetes tipo dois são menores, e elas possuem melhor desempenho em testes de inteligência. Quando adultas são mais saudáveis e produtivas.

Conforme algumas dicas disponíveis na cartilha produzida pelos residentes, nos primeiros meses, o bebê não tem um horário para mamar, então, a mãe deverá amamentar sempre que for necessário. “A demanda deve ser livre. A pega adequada deve ser realizada de modo que o bebê abocanhe o mamilo e a auréola da mama, como se fosse uma boca de peixe”, orienta a odontóloga Marcela Aquino Lacerda.

Outra orientação importante é deixar o bebê em posição mais vertical durante a amamentação para evitar problemas no ouvido, como as otites. “É bom sempre deixar que o bebê primeiro esvazie bem uma mama, para só depois oferecer a outra, se ele quiser. O leite posterior, do fim da mamada, é mais rico em gordura satisfazendo mais o bebê e o ajudando a ganhar mais peso”, alerta a nutricionista Sara Medeiros Verner.

Acompanhe abaixo outras dicas importantes do grupo de residentes que é composto pelos profissionais Aline de Souza Matos, Alinne Dias Antunes, Marcela Aquino Lacerda, Fabiana Peixoto Mendes, Rita Oliveira Costa, Sara Medeiros Verner e Thiago Maurício Glória.

- Nunca se esqueça da garrafa de água quando for dar de mamar – e ainda é bem provável que você peça para o marido ou alguém buscar mais! Essa sede acontece porque o corpo precisa repor todo o líquido que perde durante a amamentação. Por isso, procure tomar pelo menos dois litros de líquido por dia, principalmente água ou água de coco;

- Descanse o máximo que puder entre as mamadas. A rotina da amamentação é cansativa e, se você estiver esgotada física ou emocionalmente, isso afetará sua produção de leite. Por isso, não sinta vergonha em pedir ajuda.