
Agricultor familiar deve colher 30 mil quilos de mandioca produzida em Unidade Demonstrativa implantada pela Seder
A análise do solo, limpeza do local e gradagem compreenderam os primeiros passos para que o projeto se tornasse realidade
Em uma área de 1,3 hectare,
o agricultor Ezequiel Gomes Noronha, 65 anos, proprietário da chácara Bom
Jesus, localizada no Projeto de Assentamento (P.A) Sítio, na Zona Rural de
Palmas, apresenta com orgulho a sua produção de mandioca. O local abriga a
Unidade Demonstrativa de Mandiocultura desenvolvida pela Prefeitura de Palmas,
por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Palmas (Seder).
A preparação da área começou
no final de novembro sob orientação geral do engenheiro agrônomo da Seder, Luiz
da Silva Machado Neto. A análise do solo, limpeza do local e gradagem
compreenderam os primeiros passos para que o projeto se tornasse realidade. E
para evitar o ataque de pragas, a exemplo do cupim, os técnicos da Seder
garantiram a distribuição de calcário em toda a parte que recebeu as plantas.
Conforme Luiz Neto, o
controle preventivo é essencial para garantir o desenvolvido sadio das plantas.
Nesse primeiro momento a adubação de plantio focou na disponibilização do
fósforo. “O fósforo é um macronutriente primário, ou seja, componente
fundamental da alimentação para os organismos. Ele está ligado diretamente ao
desenvolvimento e crescimento das plantas”, informa.
Alto
rendimento
A área também recebeu
adubação de cobertura com o fornecimento de nitrogênio e potássio. As
variedades escolhidas são a IAC 14, do Instituto Agronômico de Campinas e a
Tailandesa. Ambas apresentam alta resistência à bacteriose, adaptação aos solos
de baixa fertilidade, além de serem as mais indicadas para produção de fécula.
“Em geral, o solo presente
na região do P.A Sítio possui textura média a argiloso. Por isso a escolha da
IAC 14 e da Tailandesa. Seguiremos acompanhando todo o processo de produção com
atenção redobrada para o controle de daninhas e implicações que possam porventura
atrapalhar o cultivo”, afirma o engenheiro agrônomo.
A expectativa é que sejam
colhidas 30 toneladas de mandioca, ou seja, 30 mil quilos que serão destinados
exclusivamente para a produção de farinha, já que fazem parte das mandiocas de
uso industrial e não podem ser consumidas de outra forma devido ao grau de
toxicidade. O rendimento previsto de farinha será de 30%, ou seja, nove
toneladas.
As primeiras folhas devem
aparecer entre 7 a 15 dias, após o plantio das maniva, caule do pé de mandioca,
que ocorreu no dia 5 deste mês.
“Mesmo com toda a experiência
que tenho no campo, lidando com essas questões desde a infância, contar com as
orientações técnicas de especialistas é o pulo do gato que faltava para que eu
melhorasse minha produção”, enaltece Noronha.
O produtor está otimista em
trabalhar com essas duas variedades de mandioca, já que até então só cultivava
a Argentina e Sutinga. “O rendimento delas é inferior que as variedades que
tenho agora, que inclusive estavam em falta na nossa região”, finaliza.
Edição: Iara Cruz