Agricultor familiar deve colher 30 mil quilos de mandioca produzida em Unidade Demonstrativa implantada pela Seder

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural

Autor: Fernanda Mendonça | Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 11:26

  A análise do solo, limpeza do local e gradagem compreenderam os primeiros passos para que o projeto se tornasse realidade

Em uma área de 1,3 hectare, o agricultor Ezequiel Gomes Noronha, 65 anos, proprietário da chácara Bom Jesus, localizada no Projeto de Assentamento (P.A) Sítio, na Zona Rural de Palmas, apresenta com orgulho a sua produção de mandioca. O local abriga a Unidade Demonstrativa de Mandiocultura desenvolvida pela Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Palmas (Seder).

 

A preparação da área começou no final de novembro sob orientação geral do engenheiro agrônomo da Seder, Luiz da Silva Machado Neto. A análise do solo, limpeza do local e gradagem compreenderam os primeiros passos para que o projeto se tornasse realidade. E para evitar o ataque de pragas, a exemplo do cupim, os técnicos da Seder garantiram a distribuição de calcário em toda a parte que recebeu as plantas.

 

Conforme Luiz Neto, o controle preventivo é essencial para garantir o desenvolvido sadio das plantas. Nesse primeiro momento a adubação de plantio focou na disponibilização do fósforo. “O fósforo é um macronutriente primário, ou seja, componente fundamental da alimentação para os organismos. Ele está ligado diretamente ao desenvolvimento e crescimento das plantas”, informa.

 

Alto rendimento

 

A área também recebeu adubação de cobertura com o fornecimento de nitrogênio e potássio. As variedades escolhidas são a IAC 14, do Instituto Agronômico de Campinas e a Tailandesa. Ambas apresentam alta resistência à bacteriose, adaptação aos solos de baixa fertilidade, além de serem as mais indicadas para produção de fécula.

 

“Em geral, o solo presente na região do P.A Sítio possui textura média a argiloso. Por isso a escolha da IAC 14 e da Tailandesa. Seguiremos acompanhando todo o processo de produção com atenção redobrada para o controle de daninhas e implicações que possam porventura atrapalhar o cultivo”, afirma o engenheiro agrônomo.

 

A expectativa é que sejam colhidas 30 toneladas de mandioca, ou seja, 30 mil quilos que serão destinados exclusivamente para a produção de farinha, já que fazem parte das mandiocas de uso industrial e não podem ser consumidas de outra forma devido ao grau de toxicidade. O rendimento previsto de farinha será de 30%, ou seja, nove toneladas.

 

As primeiras folhas devem aparecer entre 7 a 15 dias, após o plantio das maniva, caule do pé de mandioca, que ocorreu no dia 5 deste mês.

 

“Mesmo com toda a experiência que tenho no campo, lidando com essas questões desde a infância, contar com as orientações técnicas de especialistas é o pulo do gato que faltava para que eu melhorasse minha produção”, enaltece Noronha.

 

O produtor está otimista em trabalhar com essas duas variedades de mandioca, já que até então só cultivava a Argentina e Sutinga. “O rendimento delas é inferior que as variedades que tenho agora, que inclusive estavam em falta na nossa região”, finaliza. 

 

 

 

Edição: Iara Cruz