Alunos selecionados conhecem Projeto Coquelino que será implantado na Capital

Secretaria Municipal de Integração Social e Defesa do Consumidor

Autor: Redação Secom | Publicado em 05 de abril de 2016 às 09:01

“Nea onnim no sua a, ohu”. Foi com a apresentação deste símbolo africano que significa educação através da vida e da contínua busca pelo saber que o publicitário Samuel Costa exibiu na tarde da última segunda-feira, 04, a marca do Projeto Coquelino, na Escola de Tempo Integral Caroline Campelo, localizada na Região Sul.

 

“Coquelino representa a perseverança, já que conseguiu sozinho vencer barreiras e concretizar seu sonho que era tocar viola.  O mesmo espero que aconteça com vocês. Pois esse projeto vem agregar muito ao sonho de vocês, ele vai trazer amadurecimento a todos envolvidos, na busca pelo que vocês de fato almejam”, ressaltou Costa.

 

Na oportunidade foram apresentados os 20 estudantes selecionados para atuarem como agentes de Igualdade Racial como propõe o Projeto Coquelino. Falando em nome de todos, a aluna da Escola Estadual Maria dos Reis Alves Barros, Amanda Ferreira Martins, de 17 anos, disse que é um prazer participar deste projeto.

 

“Moro no Taquari e as pessoas já olham o setor com discriminação, como se fosse algo muito ruim viver ali. Elas esquecem que ali moram famílias, pessoas honestas e trabalhadoras e este é o grande problema da sociedade, é um querer ser melhor que o outro. Por isso, espero que possamos contribuir para diminuir estas desigualdades”, ressaltou.

 

Para o secretário executivo da Secretaria de Integração Social e Defesa do Consumidor (Sisdec), João Braga, a cidade e cada um dos estudantes selecionados estão tendo uma grande oportunidade. “O debate acerca da igualdade racial é necessário, visto que somos muito importantes na construção da identidade deste país e é neste patamar que devemos ser reconhecidos. Dentro dessa condição temos o exemplo do Coque a quem devemos nos inspirar”, refletiu Braga referindo-se a luta de Coquelino Soares Cardoso (in memorian), o Coque, como era popularmente conhecido.

 

O coordenador do Projeto Coquelino, superintendente de Igualdade Racial, Nélio Lopes, manifestou seu contentamento em ver 20 jovens com grandes oportunidades. “Vocês estão recebendo a missão de transformar a vida de muitas pessoas de suas escolas, de seus bairros, de suas regiões. Portanto, peço a vocês que deem sempre seu melhor, façam o melhor e acreditem no seu potencial, basta acreditar e não desistir. Vocês podem”, reforçou Lopes.

 

“Achei muito interessante poder ser agente do Coquelino, pois acredito que eu posso ajudar a muitos jovens a não entrarem nas drogas e poder de fato, mudar suas histórias”, disse a aluna Ana Beatriz Pereira da Silva, 14 anos, da Escola Municipal Maria Júlia Amorim Soares Rodrigues.

 

Presente no evento, o senhor João Romão Ferreira da Cruz, de 83 anos, pai de Coquelino recebeu honrarias ao filho. “Estou muito feliz por estar recebendo homenagens em nome do meu filho”, manifestou.

 

Coquelino”

 

O projeto recebe o nome de um representante afrodescendente, morador da cidade de Natividade do Tocantins. “Seu Coque” como era chamado, faleceu aos 56 anos de idade.  Por conta de uma paralisia infantil teve um braço atrofiado e dificuldade na fala, mas que aprendeu a tocar violão e a encantar moradores e visitantes daquela localidade. Coquelino, violeiro de renome e respeito, era um artista da alma, que encorajava aos demais com sua força de vontade.

 

O projeto

Parceria entre as secretarias de Integração Social e Defesa do Consumidor (Sisdec) e a de Educação (Semed), o projeto tem como objetivo promover ações que visam à proteção social e a inclusão dos negros e negras residentes na Capital, visando minimizar quaisquer formas de preconceito e abusos contra este contingente.

 

Segundo o coordenador, Nélio Lopes, nestes primeiros dois meses serão distribuídos os materiais e os alunos passarão por capacitação. Serão elaboradas metodologias participativas centradas no preparo destes agentes, com posterior execução de oficinas e palestras nas escolas municipais de Palmas, atingindo aproximadamente 2.500 alunos.

 

As oficinas iniciam a partir de junho e cada agente multiplicador terá carga horária de até 20 horas semanais, durante 12 meses, e receberá uma bolsa auxílio de R$ 300,00 por mês.

 

Além disso, o “Coquelino” realizará formação continuada, nas áreas de empreendedorismo social e liderança, comunicação, oficinas de teatro, a partir do mês de maio deste ano. Também terá incentivo para ao desenvolvimento das melhores práticas nos mais diversos setores de políticas.

 

Alunos selecionados

 

Ana Beatriz Pereira da Silva - Esc. Mul. Maria Júlia Amorim Soares Rodrigues

Poliana Alves Lima - Esc. Mul. Maria Júlia Amorim Soares Rodrigues

Wemerson Vinícius Soares Nunes – ETI Eurídice Ferreira de Mello

Raiane Souza Santos - ETI Eurídice Ferreira de Mello

Erica Ferreira da Silva – ETI Caroline Campelo

Aline dos Santos - ETI Caroline Campelo

Amanda Ferreira Martins – Esc. Est. Maria dos Reis Alves Barros

Thatielly Lorrane dos S. Castro – Esc. Est. Maria dos Reis Alves Barros

Helen Oliveira Limeira Lima – Esc. Mul. Tom Jobim

Lucas Elias Pinheiro – Esc. Mul. Tom Jobim

Jean Ferreira de Souza – Esc. Mul. Jorge Amado

Guilherme Costa da Silva – Esc. Mul. Jorge Amado

Kesley Cristiana Pereira Nunes -  Esc. Mul. Beatriz Rodrigues

Francielly de Moura Alves - Esc. Mul. Beatriz Rodrigues

Lidia Costa Souza – Esc. Mul. Aurélio Buarque

José Gilberto da Silva – Esc. Mul. Aurélio Buarque

Marcionei Ferreira Barbosa – CEM Taquaralto

Murilo Pereira Santos – CEM Taquaralto

Kayla Cristina Ribeiro – Esc. Mul. Thiago Barbosa

Mirelle de Jesus Santos – Esc. Mul. Thiago Barbosa