Atenção Primária e Vigilância em Saúde integradas é tema de debate na Capital

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 27 de maio de 2017 às 16:09

O assunto foi discutido no I Congresso Científico da Saúde Integrada do Tocantins que está acontecendo no Centro de Convenções Arnaud Rodrigues



A integração entre a Atenção Primária e a Vigilância em Saúde foram temas de palestra e mesa redonda realizadas na manhã deste sábado, 27, durante o I Congresso Científico da Saúde Integrada do Tocantins promovido pela Secretaria Estadual de Saúde com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e a Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp). O Congresso acontece no Centro de Convenções Arnaud Rodrigues.

A palestra foi ministrada pelo titular da Semus, Nésio Fernandes, que provocou os participantes no sentido de fazer um Sistema Único de Saúde (SUS) integrado, livre de dogmas e centrado no cidadão. “Aqui em Palmas a opção adotada foi o modelo da Rede de Atenção e Vigilância em Saúde (RAVS) no qual a vigilância é a alma que deve permear todo o sistema de saúde. Estamos organizando o processo entendendo toda a complexidade que é fazer o trabalho social da saúde, com foco na demanda da comunidade”, destacou, lembrando que a RAVS foi criada pela Portaria nº 518/2016 e que a vigilância deixou de ser um setor para ser uma Superintendência, na qual a atenção primária é o centro das ações de saúde.
 
Fernandes acredita que o trabalho da vigilância em saúde deve ir além de quatro paredes. “O trabalhador do SUS tem que ser a órbita, o paciente o sistema gravitacional e o SUS o nosso sistema solar. Mas é verdade que para mudar o mundo, temos que mudar as pessoas, e como se muda as pessoas? Não se muda, elas mudam se quiser. Mas a gente pode provocar as mudanças através da educação permanente que é o espaço para construção e desconstrução, e é isso que estamos fazendo em Palmas”, disse, referindo ao Programa de Educação Permanente (PMEPS) desenvolvido pela Fesp, no qual os profissionais de saúde do município estão em constante debate na busca por melhorias dos serviços ofertados pelo SUS de Palmas.
 
Territórios

Palmas hoje desfruta de uma Atenção Primária bem estruturada, tendo ao todo 33 Centros de Saúde Comunitários (CSC) que são distribuídos em oito territórios em homenagem a etnias indígenas: Kanela (com seis unidades na região das Arnos), Apinajé (com quatro unidades / Arnes e Arses centrais), Xambioá (três unidades / Arses Centro Sul), Krahô (quatro unidades / Arses Sul), Karajá (cinco unidades / Aurenys), Javaé (cinco unidades / Taquaralto e região), Xerente (três unidades / Taquari e região) e Pankararu (três unidades em Taquaruçu, Buritirana e Taquaruçu Grande). 
 
Durante a mesa redonda, o secretário foi questionado sobre os ganhos e avanços obtidos após a implantação dos territórios de saúde e quais os critérios que foram considerados. “Cada território abrange de 30 a 40 mil pessoas, e consegue uma atuação melhor que vários municípios do Tocantins que têm pouco mais de 10 mil habitantes. E o que percebemos é que cada território tem sua área de vulnerabilidade, independente da sua localização, se numa área nobre ou numa região mais afastada do centro, todos têm. Mas o nosso olhar tem que ser de equidade, entendendo essa complexidade”, concluiu, lembrando que Palmas tem 100% de cobertura na atenção primária.

A mesa redonda foi mediada pela mestre em Saúde e Superintendente de Vigilância e Promoção e Proteção à Saúde da Sesau, Liliana Fava, e teve a participação do mestre em Saúde Coletiva e diretor geral de Controle de Doenças da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, George Santiago Dimech.