Gabinete da Prefeita
Autor: Juliana Matos | Publicado em 14 de abril de 2018 às 17:47
Palmas possui ambulatório de referência para atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais
A relevância do diagnóstico precoce para crianças com autismo foi o tema central de um debate realizado pela CBN Tocantins com parceria da Prefeitura de Palmas na tarde deste sábado, 14, na sede do Grupo Jaime Câmara, em Palmas. O debate será transmitido na rádio no próximo dia 21.
O debate faz parte de iniciativa da CBN Tocantins em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, e discutiu o tema “Autismo – Estranho não, diferente”, no 4º Encontro do projeto Palmas Cidade Saudável. Participaram do encontro profissionais de saúde e representantes de associação de familiares de crianças com autismo.
A iniciativa tem a parceria de instituições como o Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra), Clínica de Olhos Yano, Laboratório Sabin e Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas do Estado do Tocantins (Anjo Azul).
O autismo ou transtorno do espectro autista, conforme explicou a psiquiatra Camila Campiteli, é uma síndrome comportamental de causa biológica múltipla. "O ideal é que o diagnóstico aconteça antes dos dois anos porque quanto mais tardio o diagnóstico, maiores serão as dificuldades para a criança adquirir habilidades de comunicação", explicou.
Serviço especializado
Em Palmas, o Ambulatório Municipal Mental Infanto-Juvenil de Palmas, inaugurado em dezembro de 2017, é a unidade de referência para atendimento desses casos. A psicóloga Ana Letícia Covre Odorizzi, representante do serviço da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), foi convidada para assistir ao debate. Segundo Ana Letícia, o ambulatório vem recebendo casos de autismo. "Hoje estamos fazendo acolhimento dessas crianças antes de iniciar as intervenções em grupo ou individualmente. Se a mãe tem dúvida, ela precisa ir ao seu centro de referência para a criança passar por um pediatra para um melhor diagnóstico, pois existem diagnósticos errados. Se essa hipótese for melhor confirmada, a criança ou o adolescente é encaminhado para o ambulatório", explicou a psicóloga.
O Ambulatório Mental Infanto-Juvenil funciona no Centro de Saúde da Comunidade Professora Isabel Auler, na Arso 23, e é um referência para toda a Capital para atendimento especializado de crianças e adolescentes com transtornos mentais.
Participaram do debate mães de autistas. "Se uma criança de três anos não faz solicitações e não consegue apontar para seu objeto de desejo, esse desejo vai se expressar através do choro. E sua família vai ficar condicionada a esse comportamento. O que precisamos é cuidar dessa criança e dessa família e mostrar que existe um futuro melhor", disse a mãe e psicóloga Letícia Bringel.
Letícia e outras mães presentes fazem parte de associação que
reúne mais de cem famílias de autistas de Palmas e outras cidades do Tocantins.
"Somos uma associação que reúne pais, mães e amigos de autistas. Temos um
grupo de apoio onde compartilhamos vivências que dá suporte a mães que estão
com dúvida e precisam de orientação. Elas podem nos procurar por este site, no Instagram e Facebook que vamos
orientar quem procurar por informação ou ajuda", disse Regina Claudia
Pereira Mota, que é membro e uma das coordenadoras da associação.