
Produção de peixes em tanques suspensos ganha espaço na Capital
Palmas conta com 23 produtores na modalidade suspenso, com 65 tanques no total
A produção de pescado em Palmas tem crescido cada vez mais e o método de tanques suspensos tem sido responsável por boa parte desse crescimento e a produtividade acontece em diferentes modos, tanques suspensos – cimento, lona e adobe, além dos escavados, que são os convencionais.
De acordo com a engenheira
de Aquicultura, Maíra Zambonato Dorneles, atualmente existem 15 produtores de
peixes em tanques de lona de vinil modelo bag
fish, com 32 tanques. Quatro produtores de peixe em adobe, com seis
tanques. Quatro produtores de peixe em tanque de ferro e cimento, totalizando
27 tanques nesta modalidade. 20 produtores de peixe em tanque rede no lago,
parque aquícola e 70 produtores de peixe em tanques escavados.
O responsável pelo Centro de
Treinamento Bíblico Rhema, pastor Domingos Ferreira de Souza, implantou o
sistema de tanques suspensos na entidade há dois anos e meio e garante que os
tanques enriqueceram o projeto. “Atualmente a produção tem alimentado 40
pessoas que vivem no local e na próxima despesca parte será comercializada em
pesque-pague da região”, disse, destacando que no Rhema existem três tanques
suspensos e outro convencional que produzem Pacu, Caranha e Surubim.
O secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas (Seder), Roberto Sahium, explica que o sucesso da piscicultura depende em grande parte da escolha do local. Por isso, vários fatores de infraestrutura precisam ser considerados antes de sua implantação, como a água, o solo, a topografia do terreno e os fatores climáticos. “A quantidade de água determina a população de peixes a serem estocados, mas, se a qualidade da água estiver fora dos limites requeridos pela espécie a ser cultivada, não haverá uma resposta eficiente em termos de crescimento e engorda”.
Mesmo com a grande
quantidade de tanques convencionais, os dados da Seder demonstram que a criação
em tanques suspensos tem chamado a atenção de piscicultores, pois com a técnica
é possível comportar uma quantidade de peixes maior que no tanque convencional.
“Apesar do investimento nos tanques suspensos serem maiores que os escavados, o
custo benefício também é muito maior”, disse Sahium.
Sahium explica ainda que o
cultivo de peixes é constituído, basicamente, por três fases: a alevinagem, a
recria, e a engorda, sendo que cada uma delas corresponde a um tipo específico
de piscicultura. “Para que cada fase seja bem conduzida, é necessário que o
piscicultor conheça as formas de manejo e os cuidados que cada uma dessas
etapas requer, visando manter as condições adequadas para o desenvolvimento dos
peixes”.
Sahium conclui afirmando que
Palmas é o segundo maior produtor de peixes do Tocantins, graças aos tanques
suspensos, com produção para 2018 estimada para 2.000 toneladas.
Importante frisar que o
sistema de confinamento em tanques suspensos afasta o risco de predadores,
permitindo um controle da qualidade e temperatura da água e do ambiente do
confinamento, além de facilitar a despesca, pois o processo de preparo dos
peixes que serão enviados para o abate pode ser feito dentro do próprio tanque
suspenso. Dentre as espécies que são criadas estão o Tambaqui, a Caranha, o Pirarucu,
o Matrinxã, o Surubim e o Pintado.
Na atualidade a Seder
oferece diversos serviços de assistência técnica e extensão rural para esses
piscicultores do município e para outros interessados em ingressar na atividade
de modo familiar ou comercial repassando orientações sobre cultivo, nutrição,
manejo, sanidade, densidade e legislação ambiental.
(Edição e postagem: Iara
Cruz)