Gabinete da Prefeita
Autor: Juliana Matos | Publicado em 29 de maio de 2018 às 10:00
Pedido é para que Estado use das autorizações que o Governo Federal concedeu aos estados para que forças policiais garantam abastecimentos de postos de combustíveis
A
Prefeitura de Palmas protocolou ação de obrigação de fazer com antecipação de
tutela no Tribunal de Justiça pedindo que o Governo Estadual seja acionado a
cumprir prerrogativa concedida por decreto de abrangência federal para que as
forças policiais do Estado garantam escolta de caminhões carregados para
abastecimento dos 54 postos de combustível da Capital. A ação foi protocolada
nesta segunda-feira, 28.
Palmas
foi a primeira capital brasileira a ter os estoques dos postos comerciais
totalmente desabastecidos durante a paralisação nacional dos caminhoneiros, que
já completa nove dias, nesta terça-feira, 29. Na ação, a Procuradoria Geral do
Município (PGM) solicita que o Estado do Tocantins seja compelido a usar de prerrogativas, conferidas pelo Decreto Federal nº. 9.832/2018 (Garantia
da Lei e da Ordem) e pela decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na
ADPF nº 519, para garantir a regularização do fornecimento de combustíveis na
Capital através da desobstrução de vias e escolta de caminhões desde os locais
em que retidos ou a partir das centrais de distribuição de combustíveis.
No
documento, o Município justifica que o governador interino Mauro Carlesse
declarou a diferentes veículos locais afirmando que apoia o movimento e que não
usará das forças policiais estaduais para desobstrução de rodovias.
Demanda urgente
A
PGM alega que o cenário atual de total falta de oferta de combustíveis à
população e à cidade pode inviabilizar o comparecimento de funcionários
públicos às repartições em que estão lotados comprometendo o atendimento à
população, inclusive, de serviços essenciais geridos pela Prefeitura de Palmas
e que dependem de veículos motorizados, a exemplo do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu). O documento
ainda afirma que outros serviços de atendimento à população como Resolve
Palmas, Vigilância Sanitária, Fiscalização de Obras estarão, muito em breve,
totalmente comprometidos.
Para
prevenção de cenário mais agravado, o Município descreveu medidas já adotadas
para contingenciamento do cenário, a exemplo da redução de expediente nos
Centros Comunitários de Saúde (CSC). Também são citados serviços que necessitam
de fornecimento regular de combustível para garantia da segurança e execução de
serviços básicos, entre eles Fiscalização de Trânsito, Guarda Metropolitana,
coleta de lixo, etc.
A
ação pede ainda definição de multa de R$ 100.000 por dia ao Governo do Estado
em caso de descumprimento de resposta do Judiciário em favor da ação. O processo nº 0018078-49.2018.827.2729 foi
distribuído para a juíza Silvana Maria Parfieniuk da 3ª Vara da Fazenda e
Registros Públicos de Palmas.