Saúde de Palmas alerta a população sobre os riscos da automedicação

Secretaria Municipal da Saúde

Autor: Redação Semus | Publicado em 17 de maio de 2022 às 16:38

Pesquisa aponta que quase 80% dos brasileiros têm o hábito de utilizar remédios por conta própria

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma) aponta que quase 80% dos brasileiros se automedicam. Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) também apontam percentual semelhante e indicam que 77% dos brasileiros fazem uso de medicamentos sem qualquer orientação médica. Para combater a automedicação, a Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus) capacita rotineiramente os profissionais que atuam nas farmácias de suas unidades de saúde para que eles orientem a população sobre o uso correto das medicações prescritas, bem como dos riscos de tomar remédios por conta própria. 

O coordenador da Assistência Farmacêutica da Semus, Ricardo Nunes, explica que o uso de medicações deve estar associado a um tratamento solicitado por um profissional médico, e que o consumo de até mesmo anti-inflamatórios ou analgésicos podem causar, a longo prazo, problemas de saúde. “É importante que a população use com moderação, mesmo remédios para aliviar sintomas leves”. O profissional ainda ressalta que em alguns casos o paciente, além de tomar remédios sem consulta médica, toma em quantidades superiores ao permitido diariamente.

Ricardo Nunes reforça que a automedicação pode levar um paciente com quadro clínico saudável a desenvolver doenças pelo mal uso de remédios. “Outro grande risco é o uso de medicamentos sem comprovação científica para alguma enfermidade. É preciso ter cuidado”, afirma o Coordenador ao recordar que durante a pandemia da covid-19  houve um incentivo maior para que as pessoas não tomassem remédios por conta própria e que procurassem atendimento profissional. 

No Brasil, existe uma farmácia para cada 3.300 habitantes, o que coloca o país entre os 10 que mais consomem remédios no mundo. Dentre os medicamentos mais consumidos sem prescrição médica, estão, segundo o Conselho Nacional de Saúde, os anticoncepcionais, anti-inflamatórios, analgésicos e descongestionantes nasais.