Roda de conversa no CRAS da 407 Norte debate violência doméstica e direitos das mulheres

Superintendência para Mulheres, Direitos Humanos e Equidades

Autor: Fábio Coêlho | Publicado em 10 de março de 2014 às 18:37

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), da Quadra 407 norte, recebeu a equipe da Superintendência da Mulher, Direitos Humanos e Equidade (Sumudhe), na tarde desta segunda-feira, 10, para mais um momento de roda de conversa do “Mulheres em Ação”, comemorando o Dia Internacional da Mulher.

 

A representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Ivanete Ribeiro, falou da importância da mulher se colocar na condição de buscar os seus direitos. “Quando a mulher busca seus direitos, está buscando para toda a sua família”, disse ao salientar ainda que as mulheres são capazes de serem as protagonistas das transformações na sociedade.

 

Durante a roda de conversa as mulheres presentes ressaltaram algumas experiências de violação de direito e violência doméstica que vivenciaram em suas famílias ou com pessoas próximas. “A minha filha sofre de violência doméstica e já foi várias vezes à delegacia, porém não consegue romper o ciclo da violência”, relatou uma senhora da comunidade.

 

A superintendente da Mulher, Direitos Humanos e Equidade, Gleidy Braga, falou do trabalho realizado pela Prefeitura de Palmas e da rede de atendimento a mulher no Município informando às presentes que a Prefeitura conta com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - Flor de Liz, que funciona na Sumudhe, no Parque Cesamar.

 

“O que queremos é uma sociedade igualitária. Onde homens e mulheres possam conviver de forma harmônica, por isso, a Prefeitura de Palmas disponibiliza esse serviço de acolhimento, aconselhamento e acompanhamento para as mulheres em situação de violação de seus direitos”, informou.

 

Empoderamento feminino

“Há alguns anos a sina da mulher era ser dona de casa. E hoje graças à luta e momentos como esse que estamos vivendo, a mulher tem outra perspectiva. Eu agradeço pelo espaço e hoje podemos dizer que a mulher tem alcançado seu espaço”, disse Meyre Rogéria Gomes, moradora da 407 Norte, ao destacar que hoje o Brasil tem uma presidente mulher.

 

Para a presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (COMDIM), Mirtes Moura, é preciso acabar com a cultura de que o homem é o único provedor de uma família. “Esse é um dos motivos que culminam na violência. É preciso empoderar as mulheres”, destacou ao informar que o Ministério Público encaminha mulheres em situação de violência para cursos profissionalizantes.

 

Mulher idosa

Tendo em vista o grande número de mulheres idosas presentes na roda de conversa, a Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública do Estado, Drª Vanda Sueli, falou do crescente número de agressões às pessoas idosas. “Não se pode deixar que um familiar pratique violência contra vocês. Sempre que necessário, busquem a Delegacia, a Defensoria e o Flor de Liz”, destacou.

 

Telefones úteis

Durante as abordagens, os representantes informaram os telefones dos órgãos de defesa dos direitos da Mulher, são eles: Centro de Referência Flor de Liz: 2111 2820; Defensoria Pública: 3218 6771 e Ministério Público 3216 7697.